Febre

Agora enfermo finalmente, sentindo ferver o corpo todo. Como um foguete soltando os estilhaços do inferno. Ai de mim e a minha saúde volúvel obedecendo o acaso. Sinto o sangue de marte percorrer todo o meu cérebro, se brindando com a minha desgraça. Tenho a hipersensação da cólera mental pelos percalços da vida: ser poeta e ser feliz; amar e ser amado; percorrer mil quilômetros para os meus sonhos, enquanto a morte corre até mim. Ai de mim que de uma febre sorrateira queima a mim e a todos. Só quero sossegar.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 08/07/2023
Código do texto: T7831942
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