Encontro vocálicos

Encontros vocálicos

Um dia, em uma certa manhã de verão,

em uma sala de aula, vogal e semivogal se encontraram.

Trocaram idéias... e ficaram juntos por algumas horas.

Passaram os dias e novamente se encontraram, desta vez, em uma manhã chuvosa, porém, a vogal, já menos tímida, olhou para a semivogal, diferente, toda sorridente.

A semivogal com seu jeito sério, em seu canto, retribuiu o sorriso, mandando um belo beijo...

A vogal logo ficou toda avermelhada, porém, não perdeu mais tempo, viu que os dias tinham se passado, e que poderia perder uma ótima chance de ter uma grande família. Era seu sonho, e a concorrência era colossal.

Viu que já estava mais que na hora,

porque já não estava mais tão novel assim, então, aproximou-se.

A semivogal só observava, e disse:

- Sonhei todas os dias e todas as noites com você, já não suporto mais ficar longe, acredita em afeto na primeira vista?

A semivogal ficou sério por um instante. O coração da vogal, a mil.

Mas o encanto logo foi quebrado. E ele respondeu o mesmo.

Então, a vogal caiu em seus braços, toda derretida e se amaram ali mesmo.

Juntos em determinadas palavras irão se formar os mais deliciosos encontro vocálicos, onde eles vão dar os maravilhosos nomes aos filhos, que ainda estavam por vir, ou seja, era sempre imaginado pela futura Sra. vogal.

Não demoraram e marcaram o casamento. E lógico, não poderiam deixar de convidar para padrinhos de casamento, Sr. Fonema sonoro, Sra. Surdo, oral e nasal, os quais fizeram a complementação de um contexto prodigioso.

Casaram-se e depois da lua de mel, vieram os encontros mais esperados, ou seja, os filhinhos, onde eles deram os nomes: ditongo, tritongo e hiato.

Logo as crianças cresceram, e começaram ser um mais teimoso que o outro, coisa de criança.

O ditongo sendo o mais velhos, sempre dizia para seus dois irmãos mais novos: - Que a mamãe e o pai, sempre dizia a ele, que era uma união primeiro, do papai e depois dela, na mesma sílaba e vice e versa

Logo em seguida caiu em uma grade gargalhada, o tritongo, sempre debochado. Ele olhou para o ditongo e falou:

- Nossa eu fui mais longe ainda, eles me falaram que foi a mistura do papai mais a mamãe e o papai novamente, numa só sílaba, viu, só.

Quietinho em seu canto, cabisbaixo, só escutando, o hiato, como o mais novo dos três, e sempre obediente, levantou sua mãozinha e disse:

- Olha tenho o maior orgulho do papai, mais minha união foi mais forte com a junção da mamãe, ou seja, uma dupla união dela, porém, em sílabas separadas.

Os três irmãos, mesmo sendo cada um com suas tantas diferenças, se abraçaram todos em um bem comum, ou seja, mesmo sabendo que todas as famílias têm suas dificuldades, não importam quais sejam, não quer dizer que não haja soluções para serem resolvidas...

Mas antes que todos fossem dormir como uns anjinhos, o tritongo novamente, como sempre debochado, disse para seus irmãos que eles tinham diferenças importantes, que deveria ficar bem esclarecido entre eles, ou seja, o ditongo e o hiato, para mais tarde não se confundirem, se por ventura o papai e a mamãe tivessem outros filhos: ditongos, oral, nasal, crescente e decrescente e hiatos como: duas vogais átonas, uma vogal átona e mais uma tônica e uma vogal tônica e mais uma átona.

Porém, os encontros vocálicos, ia, ie, io, ao, ua, uo, eles podem ser realizados dentre eles como: ditongos ou hiatos, ou seja, se o papai e a mamãe derem nomes, seriam assim:

O ditongo e o hiato só observavam.

Co-lé-gio, seria ditongo e se for co-lé-gi-o, hiato. O tritongo viu que seus irmãos já estavam quase dormindo de tanto ele falar, apenas observou-os e disse baixinho: boa noite e tenham bons sonhos, meus queridos e lindos irmãozinhos...

Emerson Santiago
Enviado por Emerson Santiago em 19/12/2007
Reeditado em 16/12/2011
Código do texto: T784514
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