Deixo a inocência daqueles anos

Anos 2000, até o meu último ano de escola, em 2006. Deixo a curiosidade de saber como estão os meus amigos. Se os vejo pelas ruas da cidade pequena em que vivo até esta data, cumprimento pela distância do tempo, pela intimidade que nunca tivemos. Só alguns poucos. Muitos fora. Deixo a inocência de imaginar como estão. Não quero me decepcionar, mais do que já faço sempre. Prefiro as lembranças daqueles tempos de adolescente que ainda tinha vida fora do celular e das redes sociais. Aquelas boas impressões, de que tive sorte, se não eram dos mais sádicos. Daqueles tempos que, até a pouco tempo atrás, era a minha própria vida. Nesse agora, apenas passados. Deixo a inocência de ainda chamá-los de amigos e não apenas de ex colegas de classe.