CAMINHADA II


A paisagem é outra,
mas o poeta é o mesmo.
Caminhando junto ao lago,
perto, um pedaço de mata,
quanta coisa a alma vê.
Os peixe3s na parte rasa,
aproveitando do sol
e as garças, patos, marrecos
na refeição matinal...

Os cheiros doces que a mata
envia e enchem o ar
e as cores, das flores, várias,
vivas, de encantar o olhar...

Em meio à grama, rasteiras,
pequenas flores silvestres,
brancas, rosas e lilazes;
algumas já com sementes
que pelo ar leva o vento...

Mas há muitas flores, há
amarelas, laranja, vermelhas
no jardim mais cultivado.
E bem no meio da mata,
em mistura e profusào,
as variedades são tantas,
que o olhar que passa rápido,
nem consegue distinção.

O verde é vivo, brilhante
e os pássaros, variados,
voam de lá pra cá
e cantam, piam, chamam...
Entre eles numa volta,
um pintassilgo dobrava
o seu canto, sem parar.

Na ponte, uma roda d´água
alimenta um chafariz
e as borboletas, as cores
inefáveis, mas vibrantes...
Entre elas a pequena,
delicada," ïmperador "...
No caminho há tanto e tudo:
(faz lembrar do seu amor!).