Não posso! Está cedo demais

Ainda não. Ainda não posso. Agora não. Ainda nem acordei do meu pesaselo.

E ela, a filha hiperativa da consciência, desconfio que seja uma artista, já que vive pintando e pintando. A tela? Embaixo dos meus olhos, paleta roxa. Ah, madrugada! O nobre e esplêndido berço das grandes produções, sublimes criações que nascem do tateio do travesseiro, do clamor ao ausente, do devaneio de segurar a mão distante, disatino por rir da saudade, saudades da projeção do que ainda nem vivemos, que gera insanidade de dizer boa noite a ninguém.

Pois é... é ela! Prima mais velha do subconciente vago e noturno.

Tem gente por aí que a batizou de insônia, eu chamo isso com propriedade de: pensar em você.

Prof Cristiano Cruz
Enviado por Prof Cristiano Cruz em 10/02/2024
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