Liberdade 7

Ah! Se assim fosse! Estaria ainda a chafurdar na velha mulher, caçadora de recompensas, consumidora de coisas, coisas. Talvez teria me atolado na lama da morte, na ocasião do primeiro tombo.

Se não fosse eu, no fogo da dor, no mundo inconsciente, olhado para o Alto e pedido socorro para a Fonte Suprema, em forma de um cântico, um Mantra que me resgatou.

O alimento, depois, como naquele modo garimpado pelo gavião, é somente para fins da busca de suprimento àqueles que estão mais adiantados no caminho, pedindo instrução, conhecimento do Alto.

A Alma, a que está a peregrinar nas reais Asas libertadoras para o estar na vida, para a vida, pela vida, passa a necessitar de comandos superiores, de bússola, de todo arsenal para estar no mundo.

Daí, nestas dimensões, como gavião, deverá estar a enviar, pelo campo intuitivo, limpo de mão, e puro de coração, desapegado, livre da busca de resultados, enviar pensamentos de pedido de força, ajuda para estar no aqui e no agora aos mundos Superiores de Luz, à Hierarquia Fraterna, à Comunidade Fraterna, que está mais adiantada que nós no caminho.

E a resposta chega, num escrito, numa fala gravada de um irmão instrutor da Sabedoria, na gota, no til, no ponto final que a Alma do peregrino recebe como sinal para manter no propósito,vida.

Lembre-se...para quem está no mundo, a despertar, perde a noção de quem é a Asa, e de quem está sendo conduzido.

O conhecido e o conhecedor torna-se Um. Cada ação, cada detalhe do corpo, da doença, da saúde, do sucesso ou do fracasso de ser gente na terra é visto.

O ato de tomar o sofrimento, próprio e do mundo é evidenciado. Contudo, perde a Alma a condição de vítima, passa-se ao posto de Protagonista de própria vida.

O propósito que muda. Não será mais dona de si, não terá somente o propósito da vida pessoal, tão somente este, como objetivo primeiro. É dever manter o cumprimento do protocolo, cuidar de si, e das responsabilidades de ser gente na Terra, seja em que condições for, andando ou arrastando, com muito ou pouco, sozinho ou acompanhado, o dever de cuidado, mesmo que as forças possam ir esvaecendo, a angústia, por instantes se apoderar, o sofrimento pelo simples fato de ser gente na Terra querer sobrepor ao ideal como a um Tsunami.

Jamais será baixada a guarda. A condição do propósito, o serviço predisposto a servir na Grande Obra, não é deixado.

No coração do neófito surge uma sede, insaciável de vida. Para quê?para quêêêê?

Eis aí...para o servir. Quém?

A um "a si", que não é somente tu nem a mim, mas a todo mundo .

Daí dá para entender, Lutero, madre Tereza de Calcutá, Francisco de Assis, Yogananda, Trigueirinho, Sidarta Gautama Buda, Arjuna, os discípulos de Jesus Cristo que disseminaram o evangelho depois do Pentecoste, um integrante anônimo da fraternidade, hoje servindo na linha de frente nas mais variadas doenças sociais e humanas, vísceras abertas, intratáveis no mundo, sequelas sociais da guerra, fome, injustiça social, onde os direitos naturais do homem são diuturnamente violados...a fraternidade, anônima ou não, está lá.

Jesus Cristo foi o que mais evidenciou a condição do trabalho, da Seara, dos trabalhadores, e da Obra. Não é? O vemos neste contexto, na parábola do trabalhador da última hora, da vinha.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 12/02/2024
Reeditado em 12/02/2024
Código do texto: T7997635
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