Liberdade 9

Foi tirada a venda. Estou sendo levada a ser curada, pela dor, da apatia para com o mundo. Aquele estranhamento para com o mundo, sendo afastado, e a necessidade de sobreviver e viver nele , brotou dentro.

Saí da narrativa, tornei parte na história, vida.

Ahhhh! Queria viver! Sim, para quem amontoava roupas compradas, ainda nas etiquetas no guarda roupa, colecionava sapatos e joias, estava num hospital, aguardando, implorando uma mão que aspirasse a baba que secava na traqueia, limpasse a sujeira do corpo recém bronzeado do Sol da praia.

A vontade de viver apareceu, como uma criança que morava no coração, que era eu mesma, que desesperadamente pedia vida.

O estranhamento interno vivido, aquele fazer fragmentado, montado em detalhe na interação interna e externa para com a vida, foi deixado.

Estava apartada do jogo da vida, o corpo parado, o mundo girando.

Não teve experiência mais rica...mais cruel e nefasta...do que eu Ilhada no corpo físico e de lá.. ver o mundo, suas veias, suas artérias, o movimento da fraternidade nele... as doenças da vontade, em mim e nos homens, e nas mulheres do tempo, o quanto a evoluir enquanto comunidade tinha a aprender.

Queria viver. Simplesmente, queria viver.

Os espermatozóides ejetados pelos zangões, são deixados por eles na espermateca, e a rainha determinará quais ovos serão fecundados, e quais não serão.

A colmeia não será sustentada por ela, apesar de ter sido dela a escolha do nascimento das futuras abelhas operárias.

Conclui-se que a colmeia não é responsabilidade única e exclusiva de uma abelha só para ela se manter, e que é de cada uma o dever de cuidado, do trabalho de cuidado da colmeia.

E para quê produzem mel? É o alimento das abelhas, além de servir de polinização agrícola, de própolis, pólen, geleia real, e apitoxina.

O formigueiro não é feito por uma formiga, mesmo que é dela a capacidade de carregar até mais do dobro de seu peso.

Na formiga, vem estampada a possibilidade do carregar além daquilo que podemos suportar. É a lei do Amor Divino, da abundância, quando a vida transborda no coraçào do homem.

Na vida das abelhas também reflete a abundância do amor Divino, onde pelo trabalho na produção de mel, servem de intermediárias da Mente Universal para com a humanidade e a natureza, permitem a polinização nas florestas, na Flora, produzem o própolis, a geléia real, e a apitoxina para defesa própria, e à saúde do homem.

Depende o sucesso da manada aquilo que é obrigação de cada elefante, de cada boi, de cada búfalo, de cada lobo, na sobrevivência própria e do grupo, e por aí vai.

Um deslize de um integrante, há perda de cabeças, da possibilidade de ter comida para todos, de defesa, mesmo que o trabalho de liderança possa estar sendo bem feito pelo chefe da manada. Sem piedade. É a lei Maior regendo o que cria pelo princípio colaborativo.

Para a fraternidade humana poder ter eficácia, sentido, o veículo do amor entre os homens em movimento, Asas Divinas que comanda tudo que há, a comunidade deverá ser na seiva, por meio de cada Alma, que terá que haver encontrado sentido interno para estar num lugar, numa posição de labor na comunidade, servindo uns aos outros, e sendo servidos. Rumo a um objetivo Maior, O que o Amor Divino escolher para ser.

Que não sabemos onde vai dar. A não ser fundamentados na certeza de que tudo leva ao bem, ao bom. Ao amor.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 14/02/2024
Reeditado em 14/02/2024
Código do texto: T7998742
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