Liberdade 15

O pulso, ainda pulsa. Sinto viva quando é flambado meu olhar da certeza de que não estamos sós. Banha um quê interno de um pertencimento sem causa, a uma vida com significado, que por si só me autoriza continuar no propósito.

A sinergia interna de meu Eu com um centro de força é presença, que me renova todos os dias para estar na posição do labor que me habilitei. Escrita.

Faz ir fazendo as escolhas. De que lado estou? Qual a camisa que represento no mundo, qual ativismo libertário que capitaneio, qual dor quero ajudar carregar? Tão somente a que porto?

A sua? a dos familiares? dos amigos? da gente do mundo, que estão a expressar as mais diversas necessidades?

Qual necessidade suprir? num ato socorrista unilateral, que cheira ao desespero, e à loucura?

Terei para mim no inverno dos dias, como a formiga faz? quando a escassez assolar e não ter para mim? Sentirei de mente tranquila ao fato de que fiz tudo o que podia fazer, antes da penúria, para proteger-me, e os de minha tutoria?

Para atender o outro, terá que ter na reserva nestes tempo de deserto.

Não adiantará ir para campo sem reserva de força e sustento.

O dever de autocuidado , e de vigilância, amizade com o intuitivo, e a noção da oportunidade para ajuda, será a escola.

De necessitado, desde que mundo é mundo, a casa está cheia, senão, o mestre do Amor não viria trazer as bases para o homem reformatar sua mente, e assim, poder colaborar na reconstrução da humanidade, reconstruindo seu mundo , e da comunidade.

Contudo, todavia, os obreiros são poucos. Apesar dos estragos acometidos contra os vulneráveis, crianças e adultos em estado de pobreza e violência no mundo, o vitimismo tem assolado Almas sadias para o combate, para ajuda humanitária, entorpecendo suas vontades, reduzindo seus campo de força, amontoando-se milhões na miséria e na escassez.

Porém, contudo todavia, somente ad argumentandum tantum, fazem é

desobedecerem a lei do universo da economia de força?

Onde pode ser preservada a economia de força? Na vontade pura e intrépida de servir, sem ãnsia de resultado? De atuar em algo com sentido e significado que some em ajuda fraterna? que não envolva tão somente o ter por ter, o trabalho como acúmulo de riqueza, ou para mostrar que é capaz e competente? O cuidado do outro considerando somente os do reduto da família, da cor da pele, da religião?

Olhando o trabalho feroz das abelhas na produção do mel, conclui-se que para elas é tão somente o cumprimento da ação para o objetivo, o alimento, que servirá de sustento para toda colmeia.

Mas o intento Divino com o que produzem estende além da colônia, servindo à flora, às florestas, à biodiversidade, no processo de polinização, e aos humanos, como remédio e alimento.

O labor é o instrumento de Deus que arregimenta tudo que cria, rumo ao bem.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 17/02/2024
Código do texto: T8001029
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