Sobre mim e meu Alter Ego

Me sinto como a antítese de um dogma qualquer.

Negando o que todos falam que é a regra.

Não, não vou ser uma marionete da vontade.

Sou quem deveria ser, sem pormenores.

Nego a existência da lógica no hoje, como no ontem neguei a existência de uma força maior.

Se parece incongruente mude seus conceitos, pois as pessoas mudam constantemente.

E o que me torna essa antítese que falei no início?

Sou cristão, mas não tenho religião, não tenho amarras comportamentais.

Acredito numa força maior, mas não acredito em regras sobre como deveria agir.

Sou e sempre serei o que penso, parafraseando Descartes.

A regra é ser uma linha retilínea, mas afinal, quem é assim?

No decorrer da vida vivemos altos e baixos, cometemos erros mais do que acertamos.

Será que devemos ser julgados pelos erros cometidos ou pelo conjunto da obra?

Eu quero ser julgado da mesma forma que julgo os outros, pela média.

Para alguns devo parecer em surto, mas nunca estive tão lúcido.

Ser quem sou me liberta todos os dias.

E a cura que minh´alma bradou a vida inteira é praticar o que penso.

Prefiro viver o devaneio do que fingir uma naturalidade que não é minha.

Serei sempre o Henrique, mas nunca deixarei de ser Rique Farr Sunsa.