A estrada de borboletas amarelas

Colorem meu caminho pontos amarelos

Vejo-os movimentando-se

E celeremente batendo contra o vidro do carro

A estrada monta em meus olhos

A imagem de uma pintura impressionista

Chi sà Renoir ou Monet?

 

Mal sabem as borboletas

Que elas mesmas traçam meu caminho

Ao destino mais improvável

Talvez elas saibam

Que tenho que segui-las

Por isso se agrupam na estrada

 

As borboletas amarelas sabem

O que eu me atrevi a saber, um dia

E outro nem sonha em saber

Que a estrada em que sigo

Mostra-me um caminho de coisas inexplicáveis.

E me pergunto:

Seria a ignorância às vezes uma benção?

Que respondam as borboletas amarelas da estrada.

 

Alça viaria 08/2009

Jaqueline Cristina Sosi
Enviado por Jaqueline Cristina Sosi em 29/03/2024
Código do texto: T8030144
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