"Não há luz sem sombra e não há sombra sem luz" (L↔S)

Em gemidos abafados por gritos estupefatos e reprimidos em relação a minha grandeza, eu conduzo a dança da minha vida e escrevo o que ainda não pode ser dito. Em antíteses e dicotomias exprimo o meu ser em aparentes paradoxos ou em ambiguidades de ordem semântica: a poética do estando que é a minha ontologia. Os discursos me tomam como um exprimir momentâneo fruto de prolongados silêncios de reflexão. Eu esculpo o meu ser no mais singelo gracejo de uma ignescente chama de um autoproclamar inútil, como uma porta que chama ou como um louco que aponta o caminho. Digo a todos o abismo que há no fim dessa caminhada, mas ninguém me ouve, minha voz é suprimida e não há palavra que melhor exprima a minha indignação ante a tudo isto, ante a existência, ante a ignorância e a estupidez. Sinto, mas me calo. Amo, mas aquém de tudo o que é dito como amor. Penso, mas além do dito pensar. E sou como uma autoproclamação assinada embaixo por poucos, mas pelos melhores e não, não é uma interpretação subjetiva. Apenas o que é... fato e valor.

A complexidade profunda de cada modo faz com que, a grandíssima maioria, julgue tudo isso e o tudo que afirmo como a mais pura loucura, ou melhor, como o mais nítido indício de loucura. Mas o que seria por sinal loucura? O que seria por sinal intelecto? O que seria por sinal caos? Este é, pois, um "caos" determinístico e sorrio com tudo isso ante a ignorância daqueles que alardeiam aos quatro cantos "saber" e serem "sábios". Vós ignóbeis imberbes de falar várzeas e acusar de "nada" o mais "nada" de "tudo isso" (sic). Para com vocês, eu não desejo nada e não há nada que possam me oferecer, te entrego apenas o meu desprezo; o que eu faço é apenas o que tenho que fazer e faço por vezes a contragosto.

Não objetivo, com isso, te convencer de nada. Tua reles consciência não me interessa, as suas vãs e plebeias opiniões não geram em mim o mínimo interesse. A dopamina e a oxitocina do meu ser é a obra e todo o restante é vaidade das vaidades.

~ Occulta "facta" nos ad victoriam ducunt.

Darach
Enviado por Darach em 30/03/2024
Reeditado em 30/03/2024
Código do texto: T8031247
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