Serra do Japi

Foi logo bem ali, numa claríssima manhã de outono que a vi, no exuberante verde precioso da serra, de imensas desconhecidas florestas, inúmeros riachos, miúdos regatos, como ainda não conheci, na verdejante serra do Japi. Presença lindíssima e tão bela, formosa e singela, como nunca vi, foi assim que com meus olhos vi, uma gigantesca inspiração que excessivamente senti. Foi bem ali, que silenciosamente tão logo percebi, estando ao meu lado, o lago no lado de lá, no oposto do coração, um reflexo que sempre esteve ali, daquela intrigante, interessante serra do Japi. Suas calmíssimas águas, totalmente espelhadas, e foi observando ali, que tão logo descobri, que verdadeiramente sempre te amei, sentimento que jamais esperei, e foi assim desta maneira, completamente excitante que senti. Contemplando todas as suas formas, suas belíssimas magníficas curvas, seu indescritível mágico contorno, a deslumbrante serra do Japi, o meu olhar distante brilhando, a minha delicada essência perfumando, exalando por todos os dilatadíssimos poros, tocando suavemente, espalhando levemente, nas belíssimas sensações, transportando fortíssimas emoções, transformando desavisados corações, simplesmente esperando. Como os antigos já diziam, aqueles mesmos que já abrigados, noutro tempo estiveram, presenciaram e viveram, beberam das puríssimas águas que havia ali, naquele tempo na serra do Japi, nada igual assim jamais conheci, nas nascentes, e de tantas outras inexploradas vertentes, de toda aquela pureza que descrevendo havia ali, despertei no interior do caminho, outrora deserto, daquela conhecidíssima, antiga serra do Japi.

Carlucho Bueno
Enviado por Carlucho Bueno em 14/04/2024
Código do texto: T8041427
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