Em ti, nascem minhas dúvidas, e em ti, descubro as respostas.

Porque se em ti me perco, só em em ti, me reencontro.

E é nesse rebuscar de sentimentos que me vejo revirando um velho baú, largado a anos, no sótão da minha vida,

Ressecado, poído, empoeirado, esquecido...

O velho baú das minhas recordações! O mesmo onde guardei esperanças que murcharam.

Aquele que acolheu minhas tristezas, para que lá ficassem e não mais me incomodassem.

 

Porque quando o peito se inflama com as mágoas, estas ocupam todos os espaços destinados às alegrias.

E lagrimas... estas correm nas faces pelas duas causas... É preciso escolher, decidir e não olhar para trás.

 

Todos possuímos um velho baú no sótão.

De quando em vez, precisamos reorganiza-lo, tirando de lá as mágoas que já não mais nos incomodam,

As tristezas superadas e até mesmo as ambições que nunca se realizaram...

E precisamos fazer isso para que a vida, não nos sufoque, para que sempre possamos encontrar no baú, um espaço, onde deixaremos por anos as nossas novas decepções.

 

Assim, novas promessas, novos sonhos e um novo amanhã, encontrarão um lugar em nossos corações.

E lá os plantaremos como pequenas semente e deles cuidaremos, para que fortes, um dia, germinem.

 

Por isso, se em ti aflição, nascem minhas duvidas,

Em ti, sabedoria, encontro as respostas.

Porque se em ti, desespero, me perco

Só em ti amor, me reencontro...