e por detrás da galeria do museu, o que sou além de seu?

Eu quis ser o antiquado tolo romântico, o ciúme não me deixa mentir, mas agora, nesse momento em que minha silhueta dança nas suas pupilas, o que eu sou? Não sou um pintor que colore respostas, você é uma artista que esculpe perguntas em minha mente, e por detrás da galeria do museu, o que sou além de seu? Os barquinhos fogem das telas e navegam no escuro, prometi dizer algo novo, mas acabei caindo no bom e velho silêncio. Já não tenho certeza de quanto de mim ainda terá em você quando o Sol nascer de novo e de novo. Talvez, apenas talvez, esse pensamento seja como um copo de vinho e estou dobrando as doses.