A pimentinha

A América a viu, como uma linda paixão

Saída lá do sul, da cidade que se diz alegre

Ela amava a vida e vivia como nossos pais

Em seus sonhos menores que a vida

Desnudou a vida, como uma eterna bêbada equilibrista

Flertava com os versos, com seu coração de estudante

Cuidava da vida, como uma caipira aprendiz

No palco, travestia-se de louca, como a dona do bordel

Em águas de março

Dignificastes o nosso pranto

Encantado e inventado

Como se fosse mais uma nova paixão

De pau e pedra, fomos o teu falso brilhante

Como o novo, nos fazia irreverências mil

Descreves-te, o país tropical, abençoado por Deus

Com o sol na cabeça, na corda bamba da vida

Hoje, ainda somos os mesmos e vivemos

Muitos sonhos cantados e eternizados por ti!

Homenagem a única cantora brasileira, que tem registrado a sua voz, como um instrumento musical neste país. “Elis Regina 1945 / 1982”

Fernando A. Troncoso Rocha