Porque em algum momento é preciso parar

Parar

de mandar bilhete / aviso / recado

de viver apenas pelo meu excesso de amor / vontade / saudade

e pela falta de carinho / lembrança / amizade;

de reciprocidade.

Deixar de pedir ajuda / conselho / ouvidos

aos doentes / vazios / surdos

para compreender o acaso / contrário / errado e oculto. O silêncio mútuo.

Parar de por um triz sobreviver como uma geleira: fria / áspera / indolente

e de entender que em você existem probabilidades / hipóteses / escolhas para tudo.

Não apenas ao que se tratar para um outro ser.

Não entendo porque tem sempre que ter uma saída / resposta / desculpa na ponta da língua;

mas compreendo que apenas dessa forma consegue acertar / encarar / conquistar

e fazer acontecer / sobreviver / ser; ou não ser.

Parar para nesse todo eu definitivamente poder viver / superar / esquecer.

Heloisa Rech
Enviado por Heloisa Rech em 17/01/2008
Reeditado em 22/01/2008
Código do texto: T820804
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