Porque em algum momento é preciso parar
Parar
de mandar bilhete / aviso / recado
de viver apenas pelo meu excesso de amor / vontade / saudade
e pela falta de carinho / lembrança / amizade;
de reciprocidade.
Deixar de pedir ajuda / conselho / ouvidos
aos doentes / vazios / surdos
para compreender o acaso / contrário / errado e oculto. O silêncio mútuo.
Parar de por um triz sobreviver como uma geleira: fria / áspera / indolente
e de entender que em você existem probabilidades / hipóteses / escolhas para tudo.
Não apenas ao que se tratar para um outro ser.
Não entendo porque tem sempre que ter uma saída / resposta / desculpa na ponta da língua;
mas compreendo que apenas dessa forma consegue acertar / encarar / conquistar
e fazer acontecer / sobreviver / ser; ou não ser.
Parar para nesse todo eu definitivamente poder viver / superar / esquecer.