Faltava eu
E na brincadeira de criança em que o circo se tornou, faltava eu para escorregar naquela arena que o palco se formou:
Já quis ser mágica, daquelas que tiram a tristeza do coração das pessoas, colocando-as numa cartola preta imensa e que no lugar da tristeza tira sorrisos.
No teste que fiz, resolvi usar-me como cobaia de mim mesma (claro, já pensou se arranco outra coisa no lugar da tristeza?), retirei algo que parecia ser o amor para torná-lo apenas saudade... palavras mágicas recitadas:
"Askilingüida pirulumpompom cabeça de tosca, asa de tonta e pena de... De... De... Ganso com pavão!"
Záááááááássssssssssssss....................................
Bummmmmmmmmmmm (Aquele efeito de fumacinha de gelo seco)
Ao fundo uma pequena platéia murmurava:
"- Eita, oxe, bah. Onde foi parar a mágica, aquela da capa com traça?"
Foi quando dei conta de mim e me olhei no espelho, a mágica com capa de traça, ao tentar transformar o amor em saudade, que bela besteira que fez, que se transformara numa... Palhaça".
(SP 17/10/2005)