A dança das tarântulas
Distrai-te com o balé das tarântulas,
hipnotizado pelo poder da serpente
que tira o teu foco do que é real e concreto:
a estrela de Orion
Como macaco saltitante, pulas de galho em galho,
mas nunca estás em galho algum
Do alto, como gavião, a tudo observas, selecionando uma presa, que por algum tempo servirá de alegre divertimento para em seguida, alçares vôo num diferente rumo e assim
te preparas à nova caçada, interminavelmente,
é este teu mundo atual ?
Mascando lentamente, feito girafa, digeres as folhas das copas, inconsciente de onde pisas
Como ousas insinuar, oh criatura de oblíquo olhar,
que eu pense em ti, uma vez que
seqüestrastes meus pensamentos ?!
Ouço tua risada ao longo, como hiena, que ri do absurdo, que de absurdo nada tem; tola criança, que brinca sem saber do perigo...
Não tem idéia do poder, como o aprendiz de feiticeiro de Walt Disney, que quando faz despertar, crês que basta correr ou fechar os olhos e tudo desaparecerá...
Não se brinca com a serpente do Nilo, cedo ou tarde, perceberás.
A maior, mais poderosa e IMBATÍVEL força do universo, o AMOR,
contra esta, nada podes, nada és, nenhum Ser do Cosmos pode...
E assim meu coração se expressa aqui neste lugar estranho,
de gente estranha,como FREDDY QUINN
o faz em sua bela melodia alemã HEIMVEH;
“Tão lindo era o tempo
Tão longe do país (planeta?) natal
Nenhum cumprimento
Nenhum coração
Nenhum beijo
Nenhuma brincadeira alegre
Lá onde as flores florescem
Lá onde os campos verdejam
Lá estive uma vez em casa
Lá onde encontrei meu amor
Lá está meu lar
Quanto tempo ainda permanecerei sozinho (a)...
...Acenam suas douradas estrelas
Cumprimenta-me o Amor na distância
Com alegria e tristeza o tempo passa
Tudo está tão, tão longe
Lá onde as flores florescem
Lá onde os campos verdejam
Onde encontro meu amor
Lá estou em casa
Quanto tempo, quanto tempo, ainda estarei sozinho (a).”