Arad
Arad,
A noite a escuridão adentra meu quarto, e a única coisa que ocupa minha mente é
pensamentos sobre ti.
Não poder saber como estás e o que passas, não poder ouvir tão desejada voz.
Talvez seja o meu maior castigo....
Torturante... me sinto um covarde, impotente diante de tal situação....
E o meu maior pesadelo, temo que se personifique....
É te perder......
Sinto a fúria em meu coração....
De saber que onde estejas, estais a sofrer lamuriante amargura...
E a única coisa que desejo agora, é teu sorriso, mesmo que vislumbrado ao longe....
Minha serenidade seria certa, meu coração ficaria em descanso....
Caso avistasse tão sonhada cena.
Sinto necessidade de vestir minha armadura e lutar...
De me fazer sangrar, pelo que me vale a pena sentir...
Mais uma vez sentir...
Mas receio que minha luta, e minha espada... apenas lhe prejudiquem.
E temo assim, que seja eu aquele que vai ferir o que mais quer proteger.
Porém, é de fato que alguns tentam impor muros...
Querendo nos separar....
Mas é em vão... pois à coisas que transcendem a sabedoria humana...
Apenas queria entender... se devo pedir desculpas... se devo me sentir culpado...
Por ser eu, e não os outros...
Que lhe fez sorrir de uma maneira que eles não haviam conseguido.
Talvez este seja o fruto de um ódio...
O ínicio do fim...
Por enquanto, enganar meus olhos...
Eu posso, para não lhe ver...
Mas, até quando o meu coração?
Daqui a algum tempo, a tinta perderá sua cor, o papel.. envelhecerá...
E tudo se tornará pó....