Oh, Criatura Humana!
Oh, triste criatura humana !
Tuas convicções não passam de suspeitas.
Improváveis suspeitas às quais agarras à chama
Da tua volátil existência com que tanto deleitas!
O teu remoto passado denuncia-te uma origem frustrante.
O futuro não te promete mais que a um inseto.
Procuras por um credo qualquer, edificante,
Que te assegure um privilégio de ser entre os seres dileto.
Equivocadamente crédulo, inferiorizas o universo que o cerca, com arrogância!
Te tornas o senhor de tudo e a tudo invades e degradas, como um insano.
Açodado pelas tuas crendices perdes a consciência da tua insignificância.
… E Deus se fez apenas suspeito ao sentimento humano.