Adeus, palavra sofrida
Como eu quisera lhe trazer palavras de amor...
Daquelas que transbordam sentimentos felizes,
Mas agora só há dor...
Adeus, palavra sofrida,
Que sufoca, dor oprimida,
Imensa, na espera da partida,
Sem tempo de firmar raízes,
Neste chão agreste,
Em que nada mais reverdece,
Nem mesmo a flor da esperança,
Até a alvorada está a fenecer,
Aonde a bonança!
Tarda o dia,
A madrugada se prolonga em agonia,
Vejo o Sol nascer,
Em sinfonia de cores lá fora brilhar,
Mas aqui dentro, meu peito a chorar
O pranto o torna em escuridão,
Pela tristeza de lhe ver
A cada instante sucumbir,
Pois, amiga incompreendida, a morte,
Sorrateira lhe espreita, triste sorte,
E levará consigo, também a minha triste vida
Ou retalho do que restará, na solidão,
Que somente o tempo poderá apagar,
Embora, ela seja sofrida...
Então, depois, Amigo, quem sabe...
Talvez, eu possa com um renovado coração,
Refeito pela aceitação,
Trazer lhe palavras de amor...