Da Minha Janela
Desperto...
É madrugada... Como toda transição,
Um momento mágico, indefinido
Um pouco de noite, um pouco de dia...
O ar é muito agradável...
Em volta tudo é silêncio! Como se as pessoas
Quisessem prolongar a noite
Ou temessem acordar o dia.
O vento pára...
Uma ou outra residência começa a se acender...
O inevitável acontece...
Os primeiros raios de sol surgem timidamente
Dissipando as sombras da noite...
Os pássaros inquietam-se, soltam seus primeiros sons
Enchendo o espaço de melodia
Ora alegre ora nostálgica...
As primeiras pessoas começam a caminhar pelas calçadas
Ainda molhadas do orvalho da madrugada fria
Aumenta a quantidade dos carros em poucos minutos
Com o olhar distante e perdido na imensidão
Aprecio tudo da minha janela...
Rendo-me...
É o cotidiano, é o dia-a-dia
É a metrópole...
M.Dulce Salgado
julho/ 04