Pausa dramática
Eu estou entrando novamente em território minado, no terreno proibido. Estou abrindo a porta - o caminho parece ainda mais bonito: flores por toda relva e árvores carregadas de frutos, o sol brilha tanto quanto o sorriso dele, mas o cheiro de Hiroshima devastada ainda permanece.
Será a hora de deixar os velhos medos e enfrentá-lo? Olhar nos olhos negros, negros como a escuridão que me tomou a alma. Só os que amam mais que a própria vida conseguem me entender e são esses que farão o meu cortejo caso eu morra por amar sem medo.
Eu sinto estou enlouquecendo de verdade. O amor é, certamente, a doença terrível que há de me consumir até o fim.
Chegado o momento de decisão. Fujo enquanto é tempo, ou deixo a bomba detonar?