A MADRUGADA DO SOLITÁRIO
Madrugada, período entre zero hora e o amanhecer
Solitário,
aquele que vive na solidão,
sozinho
Chega o dia, com impaciência e lentidão
Vem o anoitecer,
Que as horas parecem terem paradas com o tempo
E a cada momento,
no início da noite
A solidão aumenta e entristece mais
E a espera é longa e tardia,
Começa a vir nas lembranças,
Você,
A sua imagem aparece de repente
Nos cantinhos da casa muito meiga
A sua voz ultrapassa as paredes
A sua beleza elimina a minha tristeza
Seu sorriso, mesmo no sonho,
mim alegra
Seu perfume transborda no ar
Perfumando todo o ambiente,
Envolvendo toda a nossa intimidade, e
Transmitindo um instante real
Como se tivéssemos um ao lado do outro.
O coração palpitando muito forte
Parecendo que vai fugir de me
Sentindo os seus abraços mim envolvendo
Com aquele jeito, meigo e carinhoso
Mas, num certo momento
Volto a realidade
E reconhecemos a irrealidade,
O pensamento,
Mesmo tentando esquecer
Ficamos sem sono, sem fome.
Andamos de um lado para o outro,
Deitamos novamente
E quando começamos a cochilar, assusta-se
O dia já amanheceu
Recomeça mais uma alusão.