A MADRUGADA DO SOLITÁRIO

Madrugada, período entre zero hora e o amanhecer

Solitário,

aquele que vive na solidão,

sozinho

Chega o dia, com impaciência e lentidão

Vem o anoitecer,

Que as horas parecem terem paradas com o tempo

E a cada momento,

no início da noite

A solidão aumenta e entristece mais

E a espera é longa e tardia,

Começa a vir nas lembranças,

Você,

A sua imagem aparece de repente

Nos cantinhos da casa muito meiga

A sua voz ultrapassa as paredes

A sua beleza elimina a minha tristeza

Seu sorriso, mesmo no sonho,

mim alegra

Seu perfume transborda no ar

Perfumando todo o ambiente,

Envolvendo toda a nossa intimidade, e

Transmitindo um instante real

Como se tivéssemos um ao lado do outro.

O coração palpitando muito forte

Parecendo que vai fugir de me

Sentindo os seus abraços mim envolvendo

Com aquele jeito, meigo e carinhoso

Mas, num certo momento

Volto a realidade

E reconhecemos a irrealidade,

O pensamento,

Mesmo tentando esquecer

Ficamos sem sono, sem fome.

Andamos de um lado para o outro,

Deitamos novamente

E quando começamos a cochilar, assusta-se

O dia já amanheceu

Recomeça mais uma alusão.

borgesmilagres
Enviado por borgesmilagres em 09/03/2008
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