IMPOTÊNCIA

É tudo escuro

É tudo muito escuro. E eu vejo.

É tão confuso, é nauseante.

E eu pestanejo

Ora é silêncio

Ora são vozes e gritos protestantes.

O que eu ouço e o que não ouço

São muitas vezes paralisantes

Quando há luz

Se vê mais nítida a desgraça

Na escuridão

Só mentiras e trapaças.

O que se faz:

Discutem, debatem, explanam

Mas nada de concreto

Apenas sonham

O que eu faço:

Choro, lamento, zombo

E por força maior me calo

E me envergonho.

Ah! Mas olhem lá

Já vem a aurora

Deus não se esqueceu de nós

Enxugue as lágrimas

Não chora!

Cyberquel
Enviado por Cyberquel em 10/03/2008
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