Sem estorvos

Estou andando com a cabeça na barriga.

A respiração é curta.

Dei um tempo pra sobreviver a tanta fadiga.

É, estamos fartos de cantar o que poucos ouvem.

Perdoai minhas palavras de ofensa - se as declamei - por declínio de minha mente.

Estão todos caindo para verem o pôr do sol.

Mas está distante, mesmo assim.

Nenhum de nós soube como ir embora sem deixar saudades.

E o ódio pode ficar mais nas memórias do que o amor.

Se precisar ir embora, não bata a porta.

Deixe o vento levar.

Suas lembranças nunca farão de você um estorvo.

Samara Abdul
Enviado por Samara Abdul em 15/04/2008
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