PELEJA DOR

É nova aurora surgindo,

E eu, mexido, a escrever;

Mas, se queres saber,

Preferia estar dormindo.

Sonhar é viver distante

Do corte que sangra pele;

Quem, sonhando, a carne fere,

Não fere, não obstante.

A noite é tão egoísta,

Desalmada e lancinante,

me tem em luto constante,

quer-me estendido na pista.

Cassio Calazans
Enviado por Cassio Calazans em 04/01/2019
Reeditado em 04/01/2019
Código do texto: T6542497
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