A subjetividade do sujeito

Como produto da industria cultural surge o sujeito subjetivo, isto é, dentro da industria cultural o individuo é visto somente como alguém que deve obedecer a certos padrões que só visam o desenvolvimento dessa cultura de massa. Como é dito por Paulo Freire nesse tipo de cultura “o individuo deixa de ser um criador de cultura e passa a ser uma criatura da cultura. Nossa sociedade hoje esta muito carente, e é por causa dessa carência que a industria cultural pode maltratar com tanto sucesso a individualidade somente com a intenção de se ganhar dinheiro com isso.

O individuo é induzido a pensar que se ele quiser atingir uma vida bela e por conseguinte feliz ele precisa sempre, estar de acordo com o que é dito pelos padrões de belezas existentes no momento atual. Assim a frase de Sócrates, segundo a qual o belo é o útil, acabou por se realizar de maneira irônica, ou seja, já que a beleza é útil, possui um valor, ela deve ser comercializada.

O valor de troca passou a ser o único interesse utilizado em qualquer obra de arte.

Sendo assim a cultura foi transformada em uma cultura mercantil. Por exemplo, uma emissora de rádio ao transmitir uma canção, não tem realmente como objetivo proporcionar um momento sublime ao seu ouvinte. O que ela quer, porém é ganhar sua atenção e assim despertar nesse o interesse de consumir outros produtos. O sujeito agindo assim, portanto só irá perpetuar o que é dito por essa cultura mercantil, que não tem a intenção de introduzir as massas onde antes eram excluídas, mas ao contrário, serve justamente para a decadência da cultura e para o progresso da incoerência.

gilbertodetoledo
Enviado por gilbertodetoledo em 22/06/2008
Reeditado em 08/03/2011
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