O JAZZ DANCE

É importante aqui salientar, que o jazz se desenvolveu com a mistura da cultura negra com a cultura branca. Conteúdos se somaram para constituir o que seria o jazz, como as expressões musicais dos Spirituals e do Blues.

Grandes nomes do jaz são coreógrafos como Robert Alton, Jerome Robbins, George Balanchine, Gower Chapion, Bob Fosse ou Michael Kidd; e bailarinos como Fred Astaire, Clifton Webb, Dunham Eddie Cantor, Cyd Charisse, Joel Gray, Michail Barishnikov, Leslie Caron, Bill Robinson ou Ginger Rogers. Mas isso, depois do jazz ter se popularizado e tomado conta dos palcos da Broadway. Por assim dizer, há um longo trageto a ser dito sobre ele...

Embora seja uma miscigenação, o jazz tem fortes raízes originárias afro. Vindos com os escravos nos navios negreiros, os negros eram dizimados pela morte em função das precárias condições de higiene e alimentação, os que sobreviviam encontravam na dança uma forma de lutar pela vida, pois estimular o corpo é estimular a saúde e afastar as moléstias não só do corpo, mas da mente, da situação indigna submetida. Assim, como a dança tradicional dos senhores brancos eram as polcas, as quadrilhas e as valsas, os negros as dançavam junto com o repertório de costumes que conheciam da Europa afim de zombar do opressor, mas nesse feito, também usavam de sua própria cultura. Talvez, a história inicie mais ou menos por ai, o que parece datar pela segunda metade do século XVII, com a chegada dos navios negreiros em território norte-americano.

Também pelas “Canções de Trabalho”, as Work Songs, que eram até mesmo bem quistas pelos brancos – por creditarem que isso acalmava os escravos e fortalecia o sistema de mão de obra-, os negros encontraram uma forma de expressão. Era uma espécie de código entre eles, onde os sentimentos e as angústias eram extravasadas. Além das Work Songs, os negros eram aceitos para cantar nos cultos protestantes, onde predominava as Gospel Songs. E eles dançavam o Ring Shout, que era permitido pelos protestantes por não possuir cruzamentos de pés.

No sul dos Estados Unidos, em 1740, os tambores, usados por eles, foram proibidos devido ao temor de que isso pudesse vir a provocar o desejo de libertação e promover rebelião. Por causa disso, os negros para executar suas danças, encontraram outos meios, improvisando com outras formas de som, daí, as palmas, os sapateados, e o banjo.

A libertação dos escravos em 1863 (E.U.A), foi um marco para o jazz, que pôde sair de sua prisão para apresentar-se ao mundo, ainda que os palcos primeiramente tenham conhecido o jazz pelos brancos e os negros ainda tivessem que dar duro para isso.

Com a Primeira Guerra Mundial, muitos negros migraram para o norte e para Nova York, e os bailarinos que desenvolviam o jazz, com o fechamento de Storyville, bairro de New Orleans, estam entre esses. Os negros recutados pelo exército, trataram de levar seus rítmos e danças para a França.

E nesse quente período, o jazz se fez brilhar em Harlem e Chicago, tornando-se uma das principais atrações.

O Dixieland, jazz branco, construiu por assim dizer, a Original Dixieland Jass Band, que realizaria em 1917 a primeira gravação de jazz. Considera-se que o Dixieland, o Ragtime e o New Orleans deram o impulso necessário à essa história.

No início deste século, as danças afro-americanas começaram a entrar para os salões, e a sofrer novas influências: do can-can e do charleston, principalmente. Em pouco tempo, essa dança "mista", tomou conta dos palcos da Broadway.

Modern Jazz Dance, Soul Jazz, Rock Jazz, Disco Jazz, Free Style e Jazz, são algumas das designações que hoje em dia vão sendo utilizadas para denominar os numerosos aspectos dos quais o jazz se apropria.

Jack Cole, é por alguns considerado o pai da dança Jazz, foi um dos primeiros a interagir fundamentos da Dança Moderna e sua técnica de isolamento das partes do corpo. Sua técnica influenciou muitos dançarinos e coreógrafos modernos.

O jazz normalmente é depreciado coreograficamente, uma vez que é um conjunto vasto de estilos e combinações feitos à partir da improvisaçõa. Mas apesar de seu vasto repertório, o jazz tem suas características marcantes: além da técnica de isolamento de Jack Cole, a energia explosiva que se irradia dos quadris num rítmo pulsante.

No Brasil, o jazz começou a ser falado e se fazer na década de 1930 e 1940, com a difusão do sapateado no país. Teve daí grande promoção na década de 60 pela produção de musicais do Teatro de Revista e também pelos shows de Carlos Machado. Em diante, aconteceram shows de musicais televisivos produzidos em grande parte pelas TVs Tupi e Record. Marly Tavares e Vilma Vernon são bailarinas de destaque.

Diferentes técnicas do Jazz, vem provando conter princípios do Ballet Clássico e da Dança Moderna, além de cada professor desenvolver o seu próprio trabalho. O Jazz mostra-se mutável e aberto. Por seu meio de improvisação e expontaneidade, característico das culturas populares, ele só não virou folclóre porque ganhou o mundo e com ele milhões de interessantes possibilidedes, possibilidades que tendem a se multiplicar em progressão geométrica devido as imensidão de possibilidades do corpo e da arte.

Caroline Natalie Stroparo
Enviado por Caroline Natalie Stroparo em 20/10/2008
Reeditado em 03/12/2008
Código do texto: T1237649
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