Samantha e Roger

Ela estava ali parada olhando o mar, e ele do outro lado da praia tentando ler seu olhar, ver se em algum momento aquele olhar sério trazia tristeza ou solidão. Mas não, realmente era incrível. Seu olhar era calmo e sincero.

O Sol estava a sumir entre o mar. Realmente o olhar de Samantha era vivo assim como o Sol, assim como o brilho e os raios do Sol, simplesmente era lindo.

Roger tinha em seu coração a vontade de chegar àquela Mulher e sizer o quanto tudo na qual a pertencia era lindo. A simplesmente dois meses a observava, todos os dias, na mesma hora, ao por-do-sol. Quando chovia, ele de sua casa a observava sentada nas pedras sentindo as gotas da chuva a molhar.

Era todos os dias, observando-a, as vezes ouvindo-a cantar, músicas tão lindas, sua voz era realmente tão melodiosa que ele poderia dormir em uma eternidade ao som daquela e melodiosa. Ouvira seu nome por acaso, quando o celular de Samantha tocou.

- Alô! Sim, é a Samantha...

Depois daquele dia, aquele nome era importante em sua vida.

Roger contava as horas todos os dias, até chegar aquele instante, aquele esperado, lindo e simples instante. Algumas vezes levava sua máquina fotográfica, assim como profissão de Roger era fotografar paisagens, a paisagem favorita dele era ver o por-do-sol acompanhado de um segredinho do qual só ele conhecia.

Os dias se passaram, as semanas se passaram, os meses se passaram, era sempre a mesma rotina, até que um dia Samantha não foi àquele encontro imaginário. Roger ficou triste e seu dia não foi completo. Durante três dias Samantha não apareceu ao seu encontro matinal. Roger se sentia sozinho, insatisfeito.

Roger se pôs ao lugar daquele anjo, e pôs-se a falar consigo mesmo.

- Por que? Por que ela não veio? O que será que houve? Por que?

Até que, de repente se deparou com alguém o observando. Mais que depressa se virou e deu de cara com Samantha.

- Olá!

- Olá. Sou Sa...

- mantha.

- Como sabe meu nome?

- Um passarinho me contou.

- Ele te contou também que esse é meu lugar favorito?

- Não, mas ele me contou que você ama ver o por-do-sol.

- Não finja você que me conhece.

- Não finjo. Pois nem a mim mesmo conheço bem.

- Sente-se ao meu lado pois, um fenômeno inexplicável acontecerá.

- E o que acontecerá?

- Você verá.

Ambos sentaram-se. Roger ao seu lado sentia-se completo como nunca havia se sentido antes. Roger a observava agora sem medo, a observava de perto com a quase certeza de que perto dela não sairia jamais.

O Sol começou a se pôr. Roger não havia parado de olha-la. Samantha começou a olha-lo.

- Como você disse que se chama mesmo?

- Roger. Me chamo Roger.

- Por que me olha como se me conhecesse a tempo?

- Porque no fundo eu te conheço a tempos.

Samantha fitou o olhar no rapaz, pois aquele rapaz, a trazia uma certa Paz, um certo conforto.

- Você diz como se não fosse alguém tão novo. Você fala como se já houvesse vivido muitos anos.

O Sol ainda se pondo, começou a mudar de cor, o horizonte estava bem mais distante, o Sol estava mais bonito, com um tom mais avermelhado do que o normal.

- Moço, ao seu lado parece que te conheço a anos, mas não faz se quer meia hora que o conheci. Como isso?

Roger não sabia o que dizer, pois aquele momento ao lado dela era mágico. Unico? Talvez!

O Sol estava mudando de cor mais uma vez, com uma cor avermelhada, foi se estendendo ao horizonte, formando assim um céu magnífico.

- Samantha, olhe! É esse o Fenômeno no qual você disse?

- Creio que sim.

Samantha olhou para Roger e contemplou em seu rosto uma alegria que não a via a muito tempo. Uma alegria sincera e pura. Samantha ainda olhando o rapaz, solta uma lágrima, na qual não sabia de onde vinha. Roger olhou-a e com preocupação estendeu sua mão e não deixou com que aquela lágrima caísse.

- Por que choras?

- Porque em ti vejo a alegria na qual meu coração busca.

- Como? Seu olhar ao observar o por-do-sol todos os dias é alegre, é sincero.

- Como sabes?

- Não importa agora.

Roger abraçou a pequena, frágil e inabalável Samantha. Ela olhou nos olhos de Roger e disse:

- Em ti vejo algo que não sei explicar, mas em meu coração sinto algo queimar, sinto que é amor. Se não for amor é paixão, mas não deixarei de viver algo na qual de ti vem.

Roger a entrelaçou em um Beijo, onde Roger sentiu em seu coração a tristeza rindo, e percebeu que sua vida estava completa e seria assim para sempre.

Fim...

22/07/08

Camila neves
Enviado por Camila neves em 05/12/2008
Código do texto: T1320175
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.