(Sem título)

Quanto mais penso no que sei, mais chego à conclusão que pouco ou quase nada sei! Às vezes é preciso parar em uma hora do dia e calar todo pensamento, para só ouvir o que o nada, o presente e o silêncio têm a dizer. São tantos os problemas que criamos por minuto, nas insatisfações, impaciências e julgamentos negativos. Tudo isso vai se acumulando até chegar o momento em que nossa mente se turva, e não é possível ver o sol. Às vezes, levamos uma vida inteira para compreender o sentido da própria vida que deixamos de viver. Precisamos viver este segundo como se fosse decisivo, pois de fato ele é. E as horas, dias, meses e anos que necessitamos para transformar a nós mesmos, a vida e o mundo - tão pouco perante o tempo de sobra que temos – devem ser bem empregados.

Cada dia que aprendemos coisas novas achamos ter descoberto a resposta de alguma pergunta, mas a vida está em constante mutação, as certezas de ontem não existem mais. As atitudes passadas não encaixam no agora. Com o tempo percebemos que tudo na vida é incerto. Temos medo de errar e na medida em que esse medo cresce a nossa capacidade de alcançar objetivos diminui. A vida é uma escola onde descobrimos que viver é acumular conhecimentos, e nem sempre isso ocorre de uma maneira fácil, mas é isso que nos faz crescer e ir em frente. De que serviria a vida se ficássemos estagnados, inertes?

O mundo ensina lições e temos de estar dispostos a escutá-laslas, pois de nada adianta vivermos uma vida vazia e sem conhecimento. Isso é se manter preso a um passado que se tornou cômodo. Afinal, não importa quanto tempo vivemos quantos anos sobrevivemos à morte, mas sim, a qualidade de nossa vida e a intensidade com a qual nós a vivemos.

É preciso quebrar barreiras e ir adiante de nosso tempo, buscar experiências diferentes. Não podemos deixar o preconceito crescer dentro de nós, isso nos torna tolos. É recusar ver parte do mundo a nossa volta e fechar os olhos para a ignorância e aceita-la como se fosse algo bom. Nos tornamos antiéticos e passamos a viver em um mundo de escuridão, onde somente os nossos conceitos estão certos e ficamos cegos pelo nosso egoísmo.

A vida é tão curta e a tarefa de vivê-la é tão difícil que se não nos dermos conta, já é hora de partir. O nosso tempo de passagem pela terra é curto, e precisamos aproveitá-lo. Nunca chegaremos a aprender todo o possível, mas saberemos o suficiente para nos manter em pé e seguir em frente. Afinal, desistir é fácil, mas viver é uma constante batalha. Uma eterna busca pela felicidade.