Cotas igualdade ou segregação?

Belém, 25 de maio de 2009.

A Regente do Império Português, Princesa Izabel, 1888

Escrevo para informar sobre as conseqüências de seu ato, quando neste ano, assinaste a Lei Áurea, abolindo a escravatura no Brasil. Influenciada por ideais Iluministas como: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Digo que essa liberdade não fora acompanhada de igualdade, pois já estamos no século XXI e muitos descendentes daqueles que fora livres, vivem presos em sua limitação financeira e por este motivo, encontram dificuldades para chegar ao ensino superior.

Agora, o Governo tenta solucionar essas questões reservando cotas a negros nas universidades, visando à igualdade entre as raças. Igualdade teorizada por filósofos como Rousseau que pensou num contrato social, buscando garantir os direitos da coletividade e John Rawls, na Teoria da Justiça, que os indivíduos devem viver de modo livre e igual.

Infelizmente, esta igualdade tem sido feita de modo segregador. Estipular cotas é o mesmo que dizer que os negros são inferiores, visto que, se tivessem recebido a mesma educação, disputariam as vagas com igual capacidade.

Não devemos pensar como Hitler, que usou raça como fundamento de progresso humano. Diante disso, digo que a Lei Áurea fora incompleta, pois não proporcionou aos negros o acesso a terra, levando ao subemprego, ou seja, a uma escravidão, agora, disfarçada.

Atenciosamente,