REDAÇÕES DA INFÂNCIA - TEXTO 1 - SEXTA-FEIRA 13

E aeww galera, tudo blz?

Estava mexendo em uns papéis antigos e encontrei umas redações que fiz quando estava no ensino médio... isso em 97!! Resolvi colocá-las aqui. Engraçado como o estilo de escrita pode mudar com o passar dos anos...

------- SEXTA - FEIRA 13 ------------------------

Começa mais um dia normal, mas não para Jorge. Hoje, ao acordar, se deparou com a folha do calendário e vi que aquele horrível dia, circulado em caneta vermelha, havia chegado. - Não! Não pode ser! - exclamou Jorge. Mas nada podia fazer.

Já que não tinha jeito, Jorge começou a se preparar para enfrentar aquele dia que tanto temia. Hoje nada poderia dar errado. Tinha uma reunião importante de negócios, de tal importância, que o não fechamento do negócio poderia lhe custar o emprego. Pegou seu pé-de-coelho e, quando foi sair, lembrou-se de um antigo ritual. Correu imediatamente para o quintal de sua pequena casa, pegou uma ferradura (que tinha deixado ali para questões de "extrema urgência", e jogou-a por cima do ombro direito. Pronto! Já podeia sair e ir para seu trabalho.

Nesse dia não pegaria ônibus, nem táxi, nem nada; iria a pé para evitar qualquer contratempo. Estava nervoso, como se estivesse sendo seguido por algo estranho, como se alguma força sobrenatural o estivesse vigiando. De repente, Jorge cai no chão. Olhou para trás e nada viu; no chão não havia nenhuma saliência. Começou a ficar assustado. Quando estava atravessando a rua, outro tombo! Começou a achar que um fantasma o seguia. Começou a correr e... outro tombo! Começou a gritar na rua dizendo que tinha um fantasma atrás dele. Enquanto algumas pessoas começaram a correr, outras ficaram dando risadas a ver aquela situação.

Jorge deu graças aos céus por ter chegado ao seu trabalho. Estava ofegante. Quando foi colocar as mãos nos joelhos, num ato de tomar fôlego, percebu uma coisa: que seus sapatos estavam desamarrados. Essa era a causa dos seus tombos.

O único fantasma que o seguia era o fantasma do medo. Medo que o impediu de raciocinar. Medo que começou por uma data, coisa tão simples, e se estendeu. Mas a culpa não é dele. Aliáis, a culpa não é de ninguém. Supertições fazem parte da sociedade e continuará fazendo, enquanto houver soluções a serem descobertas e explicações para o inexplicável...