Intimidade sem limites

Recentemente, presenciamos a exibição de programas de Televisão que expõem diversas pessoas, mostrando a sua vida na tela e submetendo-as a um julgamento público e à perda de sua intimidade em troca de dinheiro e outros bens. Com a criação desses programas, a quantidade de espectadores aumenta, uma vez que quase toda a população é atraída pela curiosidade de conhecer a vida alheia. Mas essas pessoas não se dão conta de que se tornam reféns de uma situação que as prejudica e só traz benefícios para os próprios participantes e lucro para as emissoras de TV

Ao exibir a intimidade de pessoas desconhecidas ou até mesmo muito conhecidas, os canais de TV conseguem recuperar a audiência. Cria-se uma espécie de inquisição, pois os espectadores podem julgar e eliminar os participantes do Reality Show, e isso cativa a quem está na condição de espião e julgador ao mesmo tempo O público também leva essas idéias para o trabalho e para a escola, passando a desperdiçar muito tempo com informações inúteis e futilidades e a esquecer as sua próprias dificuldades.

Esse comportamento dos espectadores parece surgir a partir do momento em que lhes é permitido analisar e julgar os participantes. Talvez Isso também ocorra por causa da possibilidade de identificação daqueles com estes. Isso os faz quererem saber mais sobre a intimidade alheia, pois vêem no participante seu auto-retrato.

Entretanto isso pode ser um equívoco, pois a pessoa que está se mostrando na TV nem sempre exibe sua verdadeira identidade, mas só o que ela quer mostrar ao público para tornar-se popular É possível ainda que essa obsessão por saber da vida dos outros seja reflexo de carência afetiva, de incompreensão e de necessidade de diálogo e de ouvir opiniões que, realmente, possam fazer o indivíduo se sentir mais seguro.

Acredito que, para acabar com essa mania doentia de querer saber da vida e da intimidade alheias, seria oportuno criarem-se outras formas para auxiliar no resgate das características pessoais de cada um. Um Reality Show com o objetivo de convivência saudável e troca intelectual, com uma fase preliminar de experimentação e aprendizado entre os participantes, sem utilizar-se da vulgaridade talvez fosse a solução Dessa forma, as pessoas poderiam se sentir seguras, sem precisar tentar compreender os outros para compreenderem a si próprias e sem necessitar, para isso, de meios invasivos e absurdos como o mexerico televiso, pois a fofoca decididamente não resolve a vida de ninguém e pode tornar-se um hábito vicioso.

Francine

Escrito em 2007

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Outra redação feita por mim e corrigida por minha tão querida dinda.Se eu melhorei na escrita ,com certeza, foi porque ela me ajudou muito.Criticando, revisando,corrigindo...Ela me apóia sempre e isso me estimula a escrever mais e mais.Por essa e outras razões adoro-a tanto.

Franzaynnie

Escrito em 31/05/2010

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Fran Maloukety
Enviado por Fran Maloukety em 31/05/2010
Reeditado em 31/05/2010
Código do texto: T2291301
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