Poder e Prudência: uma árdua lapidação coletiva

Trazer à tona o debate sobre o poder e suas diversas facetas, nos permite refletir sobre a complexidade do conviver dos homens em sociedade. Uma vez que, o poder está intrinsecamente relacionado ao querer e a necessidade. Deve-se então, submeter à razão em detrimento das paixões, do contrário, incorre-se na superação ou melhor, na deturpação de todos os princípios da ética. Que são códigos de condutas para uma boa convivência em coletividade.

Ter poder ou, autoridade requer o conhecimento de seus limites e, a todo o momento estar restritos a eles. Significa que é agir comedidamente, razoavelmente; sabedor de suas necessidades. Pois, o poder libera o querer e o conhecer de sua sujeição à necessidade. Sem tais princípios, o poder deixar de ser virtude e se torna abuso; tirania; autoritarismo e, até mesmo, corrupção.

É nesse contexto que percebemos as mil faces do poder, ao nos depararmos, em pleno século XXI, com governos tiranos fundados em autoridades totalitárias (que brotou apenas do querer). Crise de autoridade nas diversas esferas sociais como, Família; Escola; Igreja e Estado. Abuso de poder nos Órgãos ou Instituições encarregadas de manter a ordem pública, bem como na alçada do poder estatal que mantém os donos do poder roubando, corrompendo e se safando de punições cabíveis frente aos diversos crimes cometidos.

Diante dessas situações desastrosas envolvendo o poder, surgem em nós, seres humanos (dotados de razão) a capacidade de romper com esse processo cíclico e cósmico. Já que, somos articuladores de todos os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais de nossa sociedade. Cabe a nós externamos nosso poder, dentro de seus limites e necessidades, afim de melhor escolhermos, definirmos e exigirmos os parâmetros de nosso modelo de sociedade.