Era uma vez...

Em um pobre e esquecido coração, um lugar que antes era iluminado e feliz, agora era sombrio e impenetrável. Uma pessoa que conhecia bem esse coração, conta que ele era chamado de ódio. Era movido pela ira e pelo desespero. Ele andava perdido, em uma trilha chamada fracasso. Todos humilharam-no e isolaram-no dos demais. Sua fãma ficou conhecida por ter apenas o objetivo de vingar-se. Nada restava-lhe. A não ser o desejo de causar a dor que sentia.

Em um dia ameno, debateu-se com um ponto de luz em meio a sua escuridão. Era um pontinho pequeno, porém sua luz era tanta que o cegou. Desesperado, o ódio chorou baixinho, com medo do julgamento dos outros. A luz ao ver sua tristeza sussurrou: não deixe de acreditar em sí próprio! Depois foi embora. A visão voltou e o ódio continuou ajoelhado no chão. Os outros aproximaram-se dele e em sincronia falaram: tenha fé em sí mesmo! E, depois, foram embora.

O ódio levantou-se e sentiu algo novo: era o perdão. Ele então mudará, buscando em torno de todos os lugares do coração aquela luz que o salvara de seu passado triste. Passou a ser a esperança. O ódio, agora não era mais ódio, não era mais perdão, era a esperança. Depois de meses, a luz voltou e viu o coração leve e tranquilo. O ódio havia partido e, no seu lugar veio sentimentos bonitos. Ao ver essa mudança, a luz explodiu em meio da paz que ali habitava. A esperança então perguntou o motivo de só ter entrado no coração agora, e ela respondeu que não existe espaço pra dois sentimentos opostos. A esperança percebeu então, que essa luz era o amor...

Jheni Bento
Enviado por Jheni Bento em 24/02/2011
Reeditado em 25/02/2011
Código do texto: T2812584
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