Grandes Trabalhos, Pequenos Trabalhadores

Atualmente nos deparamos com diversas reportagens abordando a temática trabalho infantil e violação do direito das crianças. A conclusão que se chega é que os culpados desse problema são os governantes ou até mesmo a família. No entanto essa é uma visão equivocada, pois, tal situação é conseqüência do sistema capitalista.

Essa exploração iniciou-se a partir da Revolução industrial, aqueles que detinham posses trataram de organizar a sociedade de forma que se obtivesse lucro, acumulo de riquezas, para isso a exploração dos pequenos foi uma das alternativas encontradas, subtendo-os a exaustivas horas trabalho nos chaminés das fábricas, nas minas de carvão e na indústria têxtil, roubando deles sua infância.

O homem movido por pensamento antropocêntrico e individualista, desde o seu nascimento busca sua sobrevivência e seu bem estar, sob pena de exploração do outro.

O que se vê tanto no campo quanto na cidade é o aumento da segregação e da exploração. Meninos e meninas de pouca idade são “obrigados” a se que submeterem a condições subumanas para sobreviver.

Ao longo da história foram criadas inúmeras leis com intuito de mudar esse quadro vexatório. Leis que asseguram ou pelo menos deveria assegurar o direito da criança ter dignidade para sua sobrevivência. “Talvez” colocá-las em prática implicaria a desestruturar uma enorme cadeia que gera lucro para alguns setores da sociedade, algo que não seria satisfatório para os poderosos que governam esse sistema, dessa forma visualizou diariamente cenas deploráveis.

No entanto, para acabar com a exploração da criança faz-se necessário mudar todo nosso modo capitalista de agir e pensar, deixarmos de ser individualistas e principalmente olhar o outro como ser humano e não como força de trabalho explorável, caso contrário todo esse abuso e exploração contra a criança continuará.