O PREÇO DA JUVENTUDE

O PREÇO DA JUVENTUDE

Este texto é apenas um ponto de vista. Quem sabe até, um desabafo. Pretendo ser útil com isso. Só peço que não o tomem como opinião fechada, nem pensem que sou avesso a críticas, por mais pesadas que sejam. Mas, não deixem de discutir sobre o assunto.

Assisti recentemente a um documentário que não consigo tirar da cabeça até agora. O título em português era “O poder do mito”, se me lembro bem. Referia-se à importância da mística e dos mitos como uma das variáveis na dinâmica política e social de um povo. Ateve-se ao período de ascensão e queda do nazismo na Alemanha, abordando o processo de apropriação do imaginário coletivo e utilização de artifícios para a manipulação de sentimentos e mentes. O referido documentário expôs de forma acessível ao público leigo todos os recursos utilizados pelo regime nazista, visando inculcar em toda uma nação a crença de sua superioridade racial, bem como a necessidade de submissão cega ao Estado, fomentando a idolatria, em sentido estrito, aos seus agentes. Fiquei impressionado com as revelações sobre a loucura da alta cúpula nazista e com a eficiência dos métodos para congregar todo o povo alemão em torno de ideais de ordem, de força, de estética... Contudo, apesar do impacto inicial do tema, uma questão periférica inquietante não pára de cutucar minha mente.

Uma linha de raciocínio desafia meu bom senso, se formando a partir das imagens de época apresentadas no documentário. Um texto subliminar, provavelmente não intencional, me serve de fio condutor, unindo a tudo o que vi e ouvi no programa de televisão do canal Discovery. Segue o despautério: quando uma sociedade elege como símbolo e como referência comportamental, a juventude, com tudo que lhe é inerente, então, as coisas vão mal, muito mal. Fiquei preconceituoso com a idéia que surgira em minha cabeça, como se alguém a tivesse soprado em meus ouvidos. Onde já se viu? Ser jovem é bom, não? A juventude é o futuro de uma nação. São os jovens que transformam a sociedade, coisa e tal. Não é isso? Antes que refutasse tal pensamento por puro comodismo, decidi refletir um pouco mais e saber se esta intuição tem alguma chance de estar correta.

Vendo aquela rapaziada esbanjando saúde, vigor e beleza, emprestando ao regime nazista a imagem de indestrutibilidade, de ímpeto, tão próprios da arrogância adolescente, não pude deixar de sentir repulsa e, ao mesmo tempo, a impressão de que algo ainda muito atual antecipou o terror espalhado por todo o mundo naquele período, incluindo de forma inequívoca a própria população alemã. Não falo só do terror dirigido à comunidade judaica, atingida diretamente pela limpeza étnica. As pessoas de origem nórdica, brancas de olhos azuis, foram talvez as principais vítimas de um regime alicerçado na crença de uma pureza racial, na purificação étnica, tendo como base traços físicos e, por conseguinte, o culto à imagem e ao corpo jovem levado ao limite da obsessão total e irreversível.

Parece-me claro que, ao eleger os atributos inerentes à juventude como valores máximos da sociedade, o regime confere aos jovens, como efeito colateral, um poder e um reconhecimento para os quais os mesmos não dispõem de autonomia intelectual e psíquica suficientes para gerenciá-los, dependendo inteiramente do ancoramento de sua força na figura de líderes carismáticos, capazes de controlá-los e orientá-los. As cenas de multidões perfiladas, se movendo num espetáculo apoteótico de força e ordem, representam a submissão direta a tais lideranças, que lhes oferecem como recompensa, a sensação de pertencimento a algo maior e mobilidade para agir conforme seus impulsos pessoais. Nada mais atraente, nada mais perfeito e facilitador para mentes ansiosas por descobrir seu espaço no mundo, dar vazão a auto-afirmação, naturalmente represada por uma sociedade repleta de regras e pouco dada a recompensas. Como abelhas, dariam a vida por um momento de total frenesi agressivo diante de alguém mais fraco. Morreriam pelo mel que lhes é oferecido por uma rainha cuja sanha de poder ainda maior lhes confere o direito ao abuso, à intolerância, ao escárnio e ao autoritarismo desferido por suas operárias em seu nome. Os jovens soldados de Hitler não querem outra coisa senão um poder que lhes permita sobrepujar o restante da sociedade, demonstrar a todos quem é que manda, quem pode tudo.

E, em oposição à sensação assustadora de ordem e força emanada pelos desfiles militares, surge a encarnação do caos e do terror. As S.A., braço paramilitar do regime nazista, apossaram-se do direito de polícia e repressão, submetendo a todos aos excessos e arbitrariedades individuais, sem nenhum limite institucional ou possibilidade de defesa para seus agredidos. Jovens, que depois seriam direcionados para a Juventude Hitlerista, compunham boa parte das forças de combate e terror no interior das S.A.

Numa versão estendida da Síndrome de Estocolmo, a população, no entanto, se rendeu a seus sequestradores, seja por medo, admiração, ou que diabo for. Um sentimento qualquer cuja raiz brotava da coação, tanto física quanto moral. Enquanto o medo se instalava, o regime oferecia ao cidadão algum vislumbre de participação direta no processo de implantação do Estado totalitário, ao mesmo tempo em que gozariam do reconhecimento e legitimação de seus atos. Bastava aderir às idéias e sublimar os excessos cometidos por seus “heróis”, que estariam protegidos. Sem dúvida, era esta a intenção de um estado criminoso, ao proporcionar aos anais da História um dos exemplos mais clássicos de manipulação psicológica, fazendo refém toda uma nação.

Logicamente, o documentário tratou de forma pontual este tema, enquanto que os mecanismos enumerados para exemplificar o processo de cooptação das massas tenham sido mais aprofundados. Falo da propaganda, das demonstrações de força, dos discursos inflamados e, obviamente da mitologia e religiosidade apropriadas pelo regime. Mas, o que me pareceu clara é, de início, a facilidade em cooptar a parcela jovem, oferecendo a esta a possibilidade absolutamente fictícia da ausência de limites, do poder infinito e do reconhecimento de seus atributos objetivos e subjetivos como sendo moralmente superiores. Jung mencionava em seus estudos o despertar da besta-fera nórdica em cada alemão, durante o domínio nazista. Ao vermos a atuação da juventude nazista durante a ascensão de Hitler, tive a impressão de que o ilustre psicanalista teria se esquecido de mencionar alguém ainda mais cruel e excludente: o filho mimado da besta-fera. Um dragão mitológico, possuidor de todo poder de destruição em nome de suas vontades e fantasias mais pueris.

As S.A. foram, portanto, a comissão de frente, a elite no sentido mais original, o cartão de visitas de um sistema baseado na promessa do poder absoluto de uma nação perante o mundo, tendo como instrumento principal de cooptação o terror sobre seu próprio povo. Poder este, legitimado por uma herança de sangue supostamente divina. O restante da história já é bem conhecido por mim e pela maioria, leiga no assunto, assim como eu.

Vale lembrar que, oportunamente, o governo tratou de rechaçar as S.A., bem como enfraquecer a Juventude Hitlerista no momento em que sua existência se tornara incômoda, quando Hitler adquiriu suporte militar mais interessante e mais racional. Foi uma exigência das S.S., cuja origem rica e historicamente poderosa de seus integrantes serviu de moeda de troca, interromper o terror implantado pela horda de jovens, em sua maioria composta de pobres, sem perspectiva de crescimento numa sociedade desigual. Pequenas bombas de violência, sem direcionamento social e moral mais promissor do que a resignação de suas famílias à condição subalterna.

A violência injustificável deste nicho social é reflexo da facilidade com que o jovem, enquanto ser em formação, deixa-se permear pelo discurso autoritário na medida em que lhe ofereça nada mais que a sensação de apossar-se da realidade, submetendo-a a seus desejos mais utópicos e egocêntricos. Se isso é uma constante a ser considerada para a compreensão do comportamento violento da juventude, isso eu não sei. Contudo, seja algo inerente a este período da vida, seja produto de um contexto específico em que o jovem se insere, o importante é que, o corte histórico analisado nos oferece possibilidades de sobreposições viáveis para o entendimento de um fenômeno concreto e reproduzível. Caberiam aos sociólogos, antropólogos, psicólogos, historiadores, enfim, especialistas em humanidades e, sobretudo, aos educadores (!), apresentarem à sociedade as teorias que com certeza já foram desenvolvidas à cerca do assunto (lembro-me de um filme antigo que assisti chamado “A Onda”) e fomentar publicamente tal discussão, a fim de apontar caminhos que possam conter este processo. Tenho dúvidas se isso vem sendo feito, o que me pareceria bem oportuno no momento atual.

Há razões claras para que minhas atenções ficassem voltadas para esta questão pontual no documentário. Não pude deixar de estabelecer, mesmo que precariamente, um paralelo com a epidemia de violência presente, nascida da convergência ideológica de um estado corrupto e o crime organizado, uma união com poder suficiente para perverter a ética social, adicionando-lhe ingredientes capazes de atrair como iscas uma legião de meninos e meninas que lhes servem como agentes diretos do crime e da violência, gente disposta a morrer, e a matar, não por dinheiro ou bens materiais, como pensam os analistas mais ortodoxos, nem por má formação moral apenas, já que, embora muitos tenham recebido valores éticos, carinho e proteção familiar, nada disso adiantou.

Seria preciso desvendar as razões pelas quais os jovens atuais se mostram impermeáveis tanto ao discurso quanto à prática social de uma vivência cidadã e humanista. Muito se fala na enorme crise ética institucional que atinge desde a família, núcleo básico da sociedade, até as esferas representativas do estado e da sociedade civil como um todo. Não se pode desconsiderar este contexto. O que me preocupa neste momento, é o diálogo estabelecido entre esta sociedade em crise e a juventude nela contida. Os sinais me parecem claros. Acredito que haja atualmente o mesmo tipo de interação entre a psique e o universo adolescente e os interesses de uma classe política e social ávida por um controle extra-democrático das instituições. Desde a segunda Guerra Mundial, o corpo e a beleza não estiveram tão em evidência, a juventude não era tão aclamada como valor em si, nem a violência juvenil, muitas vezes gratuita, era tão tolerada. Sabemos que a polícia e o crime organizado são grupos cada vez mais difíceis de distinguir em razão da promiscuidade entre seus agentes. Vejo na grande massa jovem, vítima e algoz de sua própria violência, a mesma ânsia de liberdade e ímpeto descontrolado presente na Juventude Hitlerista, assim como mecanismos sofisticados de sua instrumentalização que a torna implementadora do terror contra toda a sociedade. Contam, sobretudo, com a conivência, embora velada, de agentes sociais, ideólogos de discursos escapistas e paternalistas capazes de engessar qualquer iniciativa de coibir a avalanche autodestrutiva que atropela toda uma geração. Isso sem contar com a atuação dos chamados “formadores de opinião”, detentores dos meios de comunicação, produtores e agentes culturais, cujo discurso defensivo em relação a sua parcela de responsabilidade quanto a duplicidade ideológica presente na sociedade, se atém à liberdade de imprensa e opinião, às leis de mercado, a uma suposta isenção ideológica que transfere aos expectadores a total responsabilidade sobre o que vêem e ouvem e a forma como interpretam o que lhes é transmitido, como se manipulação fosse uma palavra que não existisse em seus dicionários.

Por outro lado, a ideologia que se forma a partir da perversão de premissas do discurso humanitário a favor da juventude, com o objetivo de justificar tanto a impunidade em atos hediondos como a omissão da geração adulta, vistas sob a luz dos fatos, atinge duplamente a sociedade, gerando não só a descrença nas instituições e a descaracterização do discurso humanista, mas também criando em toda a população a sensação de medo e de reconhecimento forçado de um suposto direito natural dos agentes do caos, bem como a necessidade de participação e inclusão nesta nova “ordem” criada por um paralelismo institucional.

Salvo o fato de que a estrutura de poder terrorista presente no Estado atual, se forma a partir da clandestinidade de uma ideologia paralela ao discurso ideológico vigente (o que só agrava a situação, já que fica difícil sequer descobrir um alvo direto a ser questionado), enquanto que as S.A. se formavam sob a proteção direta e declarada do Estado, é possível estabelecer um padrão comparativo entre os grupos organizados pelo crime no Brasil atual e as S.A, juntamente com a Juventude Hitlerista. No que tange a estratégia de cooptação da massa jovem, bem como a utilização de seu potencial destrutivo a favor de uma elite predatória, as semelhanças são estarrecedoras. Sem a “ajudazinha” do trator adolescente, passando por cima de tudo e de todos, não há justificativa ideológica capaz de garantir a aceitação do discurso autoritário do poder paralelo e criminoso por parte de toda a sociedade. Isto porque, a experiência ainda nos revela as consequências de tal discurso e gera uma recusa consciente a este, em movimento contrário aos mecanismos do inconsciente que promovem a tolerância e a cooperação. O terror se mostra, portanto, como a mais eficaz fórmula de cooptação social a uma ideologia, por mais ilógica ou arbitrária que esta possa ser.

A despeito de qualquer possibilidade alarmista, ou teoria de conspiração que possa desqualificar tal raciocínio, é difícil negar que o caldo de cultura para o advento de uma nova ideologia autoritária vem se formando bem diante de nossos olhos, embora a nossa sociedade esteja em processo de negação. Tal como a sociedade alemã durante a Guerra, recusamo-nos a ver a face do monstro que nós criamos sem perceber, temerosos de apontar os fatos e engrossarmos assim, a fileira dos inferiores extermináveis (hoje definidos pelo “movimento” como “zé-povinho”, “esquemão da sociedade”, “otário”, entre outros). Somos todos vítimas da Síndrome de Estocolmo, legitimando desde o interior de nossas casas a tirania adolescente, deseducada pela inércia e defendida pela perversão do princípio do direito à proteção e integridade.

O crime organizado (entenda-se aqui todo tipo de crime e apropriação da coisa pública) e seus tentáculos presentes no Estado, assim como o regime nazista, conduzem sob sua guia a enorme alcatéia de pitbulls aparentemente descontrolada, porém, tendo os meios para contê-la quando esta se mostrar exageradamente incômoda ou desnecessária. As S.A. e a juventude hitlerista cumpriram seu papel na implantação do regime nazista. As gangues de jovens cumprem seu papel na implantação do terror pré-autoritário, gerador de algo que sequer sabemos direito se já está instalado (Deus queira que seja só o poder paralelo, assim haverá contraponto), ou se romperá o subsolo da política, revelando-se pronto e acabado, sem que a sociedade tenha força moral para reagir. Vale lembrar como exemplo, o poder de coação de grupos comandados pelo PCC na cidade São Paulo, capazes de implantar o caos em toda uma cidade quase sem reação defensiva. O terreno para esta semente está fértil. Há o medo generalizado, o desmantelamento dos valores, a inércia e colaboração dos agentes do Estado, a omissão da classe intelectual que se recusa a analisar abertamente os fatos... Falta apenas amolecer a casca protetora do bom senso e da racionalidade ainda precariamente mantida, para que nasça a erva daninha que alimentará a besta-fera brasileira, um arremedo de guerreiro tupi, gritando “Anauê!” aos quatro cantos, rasgando o ar com sua borduna à procura de cabeças, só para defender sua cota ridícula de caju e mandioca contra uma tribo-irmã qualquer, dentro de seu próprio território.

Ao reler o texto acima, mesmo ainda repleto de dúvidas e carente de dados que possam preencher lacunas e sanar possíveis equívocos e preconceitos, ainda assim, acho que minha intuição tem alguma razão. Todos fomos jovens um dia, vivenciando inúmeros conflitos e lutando para superar o jugo de uma geração anterior que invariavelmente subestima a importância dos que estão neste período da vida. Mesmo assim, a busca pelo espaço na sociedade e a necessidade de auto-afirmação já são problemas suficientes para serem resolvidos nesta fase. Não é direito de ninguém, cooptar as fraquezas e inseguranças pelas quais todos nós já passamos, a favor de algo ou de alguém. Este é o pior dos crimes que se pode cometer contra um jovem: dar a ele a ilusão de poder tudo, de merecer tudo, de ser capaz de tudo. O que pretendo dizer é que o jovem tem sim, sua contribuição a dar à sociedade, sendo esta irrefutável e fundamental. Mas, tudo a seu tempo. Não é função do jovem, gerir, administrar, responsabilizar-se pela implementação de mudanças, muito menos exercer qualquer forma de poder institucional enquanto categoria social. Tal discurso é hipócrita, mentiroso e manipulador. Jovem não é pra comandar, nem ser unicamente comandado. É pra cobrar a quem comanda. Não é pra teorizar, muito menos submeter-se cegamente a qualquer teoria ou líder. É pra questionar as teorias envelhecidas. Não é pra tomar frente e controlar nada. É pra propor as mudanças necessárias e exigir que os agentes sociais ajam e se responsabilizem de acordo com suas prerrogativas. Jovem não é pra proteger a ninguém. Jovem é pra ser protegido, educado, escutado, orientado, amado.

Finalizando, com relação ao culto a imagem, penso que não há outra razão para que a beleza humana adquira seu auge na mais tenra juventude. A beleza incita tolerância, um instinto de proteção por parte dos mais velhos, numa associação natural com a inexperiência pressuposta, já que a experiência e o tempo deixam marcas físicas que degradam o viço da juventude. A apropriação da imagem jovial como representação ampla de valores por parte da geração madura, nada mais é que reflexo da perversão da mesma geração madura em todos os níveis imagináveis. O controle sobre esta prerrogativa da juventude – o direito à tolerância – mesmo que a partir do discurso elogioso, denota todo o ódio, todo o desprezo por parte de quem naturalmente não detém mais tal característica, ou cujo recalque o faz acreditar nunca ter dela desfrutado, ou ainda querer desfrutá-la mais tempo que o necessário e justo. A tolerância natural e facilitadora diante do erro da juventude, não é compatível com o sentido da responsabilidade social, muito menos com as prerrogativas de quem, por obrigação, deveria ser maduro e responsável. Quem age no sentido de cooptar a “Força da Juventude” em favor de idéias ou grupo organizado, não faz outra coisa senão parazitar a tolerância de quem a recebe por direito. O ódio ao qual me refiro fica mais evidente ainda, quando as garras de quem manipula se voltam contra a geração de jovens entusiastas, sendo esta descartada, deliberadamente, quando já não são mais úteis. Hitler exterminou as S.A e abandonou a juventude Hitlerista. Jovens no Brasil inteiro morrem pelas mãos do crime ao qual serviram fielmente, ou vítimas de grupos de extermínio compostos por agentes policiais. Garotos são peças as serem repostas a cada cinco ou seis anos. Quem mora em algum bairro de periferia de qualquer cidade brasileira, sabe do que estou falando. Enquanto forem úteis, podem tudo e acreditam poder. Enquanto forem úteis...

Edgar Rocha
Enviado por Edgar Rocha em 19/04/2011
Reeditado em 27/12/2012
Código do texto: T2918337
Classificação de conteúdo: seguro