Não leia: "Ódio."
Não leia: "Ódio."
(Destaco para que não se misture ao que há de BOM.)
Passa o tempo a zombar de mim
Imóvel face à tanta maldade
Me perdôo pelas maiores pragas
Que fazem crescer esse ódio
Horroroso, que jamais imaginei meu
Sonho com o momento de me afastar
E com a paz que só essa distância dá
Dessa gente podre, vendida e manipulada
Guardando mágoas, me odiando por nada
Sua coleção de derrotas, são tantas
Fazem a muralha sólida e opaca
Que as impede de admirar minhas vitórias
Simplórias, tão inglórias, invoco-as
A deixarem de ser contraditórias
Mas incapazes, cacarejam monótonas
Presas na vida vazia por sua própria brota
Semeando, pois bem, pois mal, ou não
As odeio por sua invenção da minha gratidão
Quando cada um cumpriu com seu papel
E hoje todos são observados do céu
De onde vêm avisos certeiros
Da mulher que fez um mundo inteiro
Ela não queria que fosse assim
Mas vocês escolheram por ela, por mim
Adeus.
Nunca mais.
Já as esqueci.
Fim.