Não leia: "Ódio."

Não leia: "Ódio."

(Destaco para que não se misture ao que há de BOM.)

Passa o tempo a zombar de mim

Imóvel face à tanta maldade

Me perdôo pelas maiores pragas

Que fazem crescer esse ódio

Horroroso, que jamais imaginei meu

Sonho com o momento de me afastar

E com a paz que só essa distância dá

Dessa gente podre, vendida e manipulada

Guardando mágoas, me odiando por nada

Sua coleção de derrotas, são tantas

Fazem a muralha sólida e opaca

Que as impede de admirar minhas vitórias

Simplórias, tão inglórias, invoco-as

A deixarem de ser contraditórias

Mas incapazes, cacarejam monótonas

Presas na vida vazia por sua própria brota

Semeando, pois bem, pois mal, ou não

As odeio por sua invenção da minha gratidão

Quando cada um cumpriu com seu papel

E hoje todos são observados do céu

De onde vêm avisos certeiros

Da mulher que fez um mundo inteiro

Ela não queria que fosse assim

Mas vocês escolheram por ela, por mim

Adeus.

Nunca mais.

Já as esqueci.

Fim.

Aspirante da Vida
Enviado por Aspirante da Vida em 12/05/2011
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