Pedras

Talvez para muitos, as pedras sejam apenas minérios, componente básico para a constituição do Planeta.

Figurativamente, as pedras são sinônimos de aspereza, dureza, rudeza. Pessoas de índole dura são alcunhadas de pedras, por serem duras, capazes de machucar, magoar.

As pedras, se colocadas no caminho, podem atrapalhar os transeuntes ou, dependendo do estado do ambiente, podem destruir algo, podem ferir alguém. As pedras podem desviar o caminho de alguém, impedir seu caminhar, causar dor.

No entanto, a mesma pedra que pode ser atirada para destruir, pode também servir par construir um abrigo para aqueles que dele necessitam. A mesma pedra usada para ferir, pode também servir de indicação, mostrando o verdadeiro caminho.

São essas pedras que desafiam as intempéries e o tempo, que permanecem íntegras, apesar dos desafios impostos pela sua evolução, as quais servem de exemplo para vencermos desafios. As pedras, pois, adquirem um novo significado, pois deixam de ser instrumento para ferir e passam a ser o meio para dar abrigo, proteção.

E por que não analisar outras utilidades para as pedras? A pedra bruta que pode se transformar em mármores, ardósias ou granitos, que embelezam o ambiente e que brilham, como brilha aquele que procurar levar esperança aos que não a tem.

Por fim, a mesma pedra bruta, que pode passar despercebida entre tantas outras, pode também dar origem ao diamante. E esse diamante, que mostra seu brilho na perfeição de seus contornos, de suas linhas, pode servir de inspiração para aqueles que deixam-se lapidar e mostrar seu brilho interior. O brilho dos princípios nobres que o constitui, o brilho daquele que, mesmo com tantas intempéries, mesmo com tantos desafios, permanece, através dos tempos, centrado em seus objetivos, o objetivo da construção de um Mundo Melhor.

Piracicaba, 30 de setembro de 2.004.