Equilíbrio

Encontrar-se em estado de equilíbrio é a situação em que as forças que exercem algum tipo de influência sobre determinado corpo ou objeto estão harmônicas, dando oportunidade para que esse corpo ou objeto possa se manifestar na plenitude de sua potencialidade. E esse conceito se aplica também aos seres humanos. Equilibrado é aquele que não se deixa influenciar por uma única força, o que caracteriza o extremismo, mas que analisa todas as vertentes, todas as possibilidades.

O equilíbrio se aproxima da serenidade, pois um ser que se encontra em estado de equilíbrio será sereno, pois saberá analisar os fatos, saberá observar os acontecimentos, saberá meditar de suas atitudes e observar as conseqüências de seus atos. E a melhor forma de representarmos o equilíbrio talvez seja uma balança; a balança que, para manter-se em equilíbrio, precisa dividir o peso entre seus braços, precisa dar a força necessária para a sustentação de ambos os braços em perfeito equilíbrio.

Colocar mais peso num prato da balança, é deixá-la em desequilíbrio, é fugir do ponto de serenidade, é aproximar-se do extremismo, fugir da racionalidade. E o extremismo não deixa marcas positivas em nenhum momento, pois o ser extremista deixa de considerar pontos importantes por estar preso a um único prato da balança, não observando os fatores que se encontra no ponto oposto. Claro está, que apenas tem a possibilidade de analisar os dois pratos da balança, suas características, quem está no ponto de equilíbrio.

Por isso é que o símbolo da Justiça também é uma balança, pois a Justiça também precisa dar atenção a todas as partes, a todos os pormenores, a todas as questões, a todos os entendimentos. Precisa observar de um ponto eqüidistante, para extrair um ponto de consenso, um ponto que esteja inserido no princípio da Justiça, que atinja os objetivos de serenar o espírito humano.

No entanto, haverá momentos que surgirão pontos de desequilíbrio, como o é um passo, que é o desequilíbrio do corpo impulsionando-o a caminhar, a seguir em frente, a tomar iniciativa. Longe de ser um apenas um desarranjo, o desequilíbrio deve servir de instrumento para se abrir novos horizontes, novas possibilidades, novos acontecimentos, observar um mundo novo, aprender novas lições.

Desequilibrar-se e uma vez mais se equilibrar é uma constante da vida. O desequilíbrio abre a oportunidade para que possamos nos equilibrar novamente, com novos elementos de conhecimento, nova visão do mundo, novas experiências. Já o equilíbrio é o ponto onde podemos sentir a plenitude do conhecimento obtido e a manifestação com base em todo lição alcançada.

Claro está, pois, que é no ponto de equilíbrio, da serenidade, que um ser pode se manifestar na sua plenitude, e é pautado nessa virtude, que o ser humano precisa caminhar para construir um Mundo Melhor.

Piracicaba, 02 de fevereiro de 2.005.

julianopd
Enviado por julianopd em 13/12/2011
Código do texto: T3386365
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