Nova Londrina, marcas do que restou

Outubro é considerado por muitos um período festivo, mês das crianças para os pequenos, sagrado para alguns religiosos, celebrado pelos professores. Entretanto, em meio essas datas comemorativas, a partir do ano de 2011 o mês “dez” será lembrado também com muita tristeza pelos amantes da história de Nova Londrina. Isso se deve a demolição da suposta primeira Escola de nossa cidade.

A referida Escola localizava-se nas proximidades da “Sangra Seca”; e foi inaugurada na década de 50, pelo então Prefeito Avelino Antonio Cola. Uma obra inovadora; na época que a madeira de lei predominava nas construções locais, aquele Estabelecimento de Ensino foi construído todo em alvenaria.

Nos idos de 1956 o município de Nova Londrina chegou a ter 16 escolas, todas localizadas na zona rural, pois naquele período a maior concentração de habitantes residia em sítios, chácaras e fazendas. População desbravadora que não tiveram seus nomes escritos pelo excludente pioneirismo, adentravam a mata, erigiam construções e fazia com que as terras virgens produzissem.

A demolição dessa Escola representa perca lastimável para a educação nova-londrinense, sobretudo para Séries Iniciais do Ensino Fundamental, visto que os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de História orientam que os conhecimentos historiográficos sejam construídos de forma participativa, onde aluno deve conhecer a história local de maneira dinâmica, ressaltando o estudo da memória; para isso sugere visitas a monumentos antigos, museus e casarões que fazem parte da história de sua comunidade.

No momento em que aquelas paredes firmes que resistiam ao tempo foram ao chão, denunciaram o descaso de nossas autoridades no que diz respeito ao patrimônio histórico de Nova Londrina, que com raríssimas exceções extinguiu-se quase que em sua totalidade.

Pode-se observar que na parte baixa da cidade existe algumas construções que há décadas pedem socorro. São casas e prédios que tiveram grande importância histórica no desenvolvimento da cidade, e que hoje se encontram em péssimas condições de conservação condenadas ao esquecimento.

Sabemos que Nova Londrina tem trajetória majestosa. Cada tijolo que vai caindo ao chão é parte de nossa história que se extingue, é o suor e a memória dos trabalhadores que levantaram essa cidade que é desvalorizado. Preservar o Patrimônio Histórico da Rainha do Noroeste é acima de tudo amar e valorizar NOSSA GENTE.