Que mundo queremos?

Que mundo queremos viver? Queremos um mundo onde haja exploração de um ser humano por outro? Queremos um mundo onde o ser humano espolia seu próximo? Queremos um mundo depredado, destruído? Queremos um mundo onde o egoísmo compromete a sociedade atual, condena a existência das gerações futuras, destrói toda e qualquer outra forma de vida? Que mundo a humanidade está construindo?

Interessante questão; apesar de vermos constantes manifestações contrárias a isso tudo surgirem em todos os cantos, o fato é que o discurso nem sempre é seguido pela ação. O que realmente fazemos? Esse é o ponto primordial de reflexão.

Falar, falar e falar sem ação é oco, sem sentido, vazio. Só falar não constrói nada. Discurso sem ação é estéril.

É interessante de se ver qual é a quantidade de manifestações contra guerra, contra a intolerância, contra o desrespeito. Mas e a ação diária? Estão comprometidos com isso no dia-a-dia?

Pois é nesse sentido que devemos refletir. O que fazemos com nossas ações? Qual tem sido a nossa ação cotidianamente?

A palavra só adquire peso se estiver associada à ação. Ação dá movimento, energia, força à palavra. Esta adquire peso na medida que esta reflete a nossa ação.

Que mundo queremos, volto a repetir? Se queremos um mundo mais justo, então devemos agir com base na Justiça. E não digo aqui com a justiça baseada em leis, mas na Justiça de se reconhecer quando se está equivocado, na justiça de reconhecer o próximo, de sentir a necessidade dele e respeitá-lo dentro de seu limite de entendimento. Haverá momentos que esse limite de entendimento não é tão amplo, e por isso devemos entender que a ação daquele outro é limitada. É respeitar, e tentar mostrar, com o exemplo, de que há outro caminho a seguir.

Qual será o legado deixado por esta sociedade?

Se desejamos algo, defendamos esse algo. Devemos usar as ferramentas, os instrumentos que estão ligados a esse algo. Se queremos um mundo melhor, que não usemos, pois, os instrumentos que são contrários ao que desejamos. Se queremos um mundo melhor, devemos agir com tolerância, respeito, serenidade, gentileza.

Se desejamos algo, que tenhamos atitude ativa em prol desse algo, sem comodismo. É agir ativamente na direção do que querermos, firmes, seguros, certos de que o que fazemos é porque acreditamos naquilo. Tudo independe do próximo. É ser livre para agir, na convicção do que se busca.

Agindo assim, estaremos construindo um mundo melhor, a partir de nós mesmos. Mas ainda cabe a pergunta, que mundo queremos?

Piracicaba, 12 de novembro de 2.010.

julianopd
Enviado por julianopd em 31/12/2011
Código do texto: T3415290
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