A diferença

Quão perdida está a humanidade nos dias de hoje. Se observarmos o noticiário, cenas de atrocidades são cometidas cada vez com maior requinte de crueldade. A barbárie de ontem, hoje já é banal, e a de hoje, não causará nenhuma sensação de surpresa amanhã.

A humanidade tem causado a si própria cada vez mais sofrimento. O desrespeito acontece em todos os níveis, seja no trânsito, em casa, no trabalho. Seus integrantes parecem reconhecer apenas uma única pessoa, ela própria. O egoísmo é a marca maior. A banalização de sentimentos, a exploração do ser humano pelo ser humano, a desintegração de valores, tudo se vê, e o pior, é que esse quadro parece que não vai mudar.

Mas ao mesmo tempo que esse quadro acontece, por outro lado vemos os próprios seres humanos reclamar, reclamar, reclamar. Mas aí cabe uma pergunta, será que esse que reclama faz a sua parte?

Ora, será possível ser feliz no mundo de hoje? Diante de quadro tão degradante da civilização, por vezes pode-se perder a esperança.

E não podemos culpar a tecnologia, já que o sofrimento atinge locais com grande avanço tecnológico e igualmente atinge locais sem nenhuma tecnologia. Esta, a tecnologia, está para servir ao ser humano. Cabe a este dar uma destinação adequada a ela.

Para mudar esse quadro de sofrimento é preciso antes que o ser humano passe a se reconhecer, a entender que todos carregam em si uma centelha divina, que todos são iguais. Em suas diferenças, é possível reconhecer a diversidade da vida humana e como um pode contribuir para a evolução do outro. Precisa deixar de lado o comodismo e começar, individualmente, a tomar atitudes na direção de se fazer uma sociedade mais justa.

No entanto, cabe igualmente uma pergunta; será que as pessoas querem construir uma sociedade melhor? As atitudes têm mostrado o contrário, seja a área que for observada.

Mas se a resposta for sim, de que realmente quer uma atitude melhor, deve, então, cada um, começar por si próprio e fazer o seu melhor independente de quem está ao lado. Se assim for feito, cada um, individualmente, fará a sua parte. Façamos, pois, a nossa parte.

Piracicaba, 10 de agosto de 2.011.

julianopd
Enviado por julianopd em 02/01/2012
Código do texto: T3419009
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