Calores te fazem mal...

Calores te fazem mal...

Um fio de mim passa perto ti, já desacelerado, por isso não chego lá.

Não mesmo.

Corro por fora, morto, esfacelado, de olho em teu umbigo, por isso frisei uma panqueca e ando de bobagens.

Fiz e pronto.

Ando comendo panquecas e ervilhas frescas, ouvindo Belchior,

com saudades do jontex.

Alterno cefaléias, em supino, ligo para tudo, carvão magnético, alumínio, cruzes, velas, oratórias, histórias, poucas, todas loucas,

toscas. É o que me sobrou.

Louco por louco, só isso...

É mentira tudo que falei.

Su padre a abençoa, maldito, maldita.

Te fazes agora no teclado, já vendestes teclados, orgias em tubas,

manhas em sustenidos, queres um comprimido ?

Tuas pantufas pareciam teus intestinos, levaste um susto, viste à mim,

teu diabo, teu horror, tua guia foi o corredor, da casa pequena, pobre,

polaca, acabaste te molhando com tua urina, não deu tempo, quem sabe mais...

Valvulada, ultrapassada, não te faço louca, mas te deixo neurótica,

acabo com teus ins, ainda vais carregar meu caixão.

Tua bunda que não gelou o Fresseiro, que por ti passa, agora de charme e tudo, tua bunda que anda de índigo, de brim, de brim blue claro.

Vives quarenta vidas, de quase quarenta, de anseios bobos, de bobagens , feitas de mentiras que sabes, bobas, como tu.

Confunda-te com columbinas. Faz-te concubina agora, prá quê ?

Concubina paulatina. Não chegas lá, não tens competência,

cafetina de aspirinas...

Bobona, são teus hormônios, tuas aulas falaram do subjuntivo de tuas costelas, aquelas que costei, vi-te, fiz mais que os bôbos, os outros.

Meus futuros androgênicos gozaram de teus passados climaterizados,

de geladeiras, de coisinhas de cinema nas tardes de sábado,

vergonhada que estavas...

Sorria, tonga da mironga do cabuletê, sorria com teu ar amador,

diante de meu anador, que particularizas miligramas em explicações

abusivas e absurdas e pueris.

Quero-te longe da ponta de minha língua, agora estou de boca fechada, não importa, portanto, mosca, tonga, louca, menstruada da ponta de teus fios. Teus fios que vagabundeiam quase lá, lá no teu ciático, chato, antipático.

Vem, vem pra cá. Tua morte é minha.

A minha não é tua, tua é aquela que espalmas lá no closet, vai...,

louca, miserável, filha de mãe boa, querida, amada, suada, suavizada,

emocionada que ficará ela.

Já pensou ?

-Ah, querida, ligue prá grafica, ela dirá ...

-De novo, menstruada ?

Coisinha dos outros, 600 parafusos soltos, guitarra vaginosa, sua vertiginosa.

Que queres de Perseu ?

Ei...,

Não és uma diaba, medusa cabeluda, apenas um chip desespiritualizado, virtual para mim.

Vire-se com tua matronna, dê-te em peitos aos rolos, aos pouco-muito ansiados, raquíticos, esquálidos, mortos de teu reino pequeno, que vão te matar.

Gelatinas, cremes, vaginas perenes...

Segunda-feira te vejo no inferno de teu espelho, enganosa, vaidosa, caridosa, que dá-te assim aos teus olhos, que te escondes de teu sabonete, seu alfinete.

Oi ...!

Oi ...?

Tá bem, eu sei. Sim, eu sei...

Viajando, viajando...

Calores te fazem mal, fortalezas te esmorecem, eu sei...

Toto, não. Poto, coto, bata..., bata no potro...

Ah, já sei...

Lá perto de lo aeropuerto, naquela rua, naquela esquina, para o banco de trás, meu Deus, quanto festim, e o teu fim, heim ? Que fim...

Vele as últimas palavras do padre, olhe para os lados, não tenha vergonha, sem-vergonha, ande para trás, veja como ficou pequena a porta, veja....

Te mates, dá tempo, ainda....

Vai, tenha coragem..., te mates.

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Teobaldo Mesquita
Enviado por Teobaldo Mesquita em 10/01/2007
Reeditado em 28/02/2008
Código do texto: T342226