OS FINS DO MUNDO

Universidade Unigranrio

Campus Caxias

Licenciatura em Letras

Aluno: David Marcos Silva dos Santos.

Pseudônimo: Marcos Antoine

Disciplina: Estudo e Produção de Textos.

Proposta: Esquema de dissertação argumentativa.

Tema: O Fim do Mundo.

OS FINS DO MUNDO

O fim do mundo é um tema bastante curioso que povoa a imaginação das civilizações através dos tempos. As teorias sobre o “armagedon” são extraordinariamente impressionantes, sobretudo, sob as perspectivas míticas. No entanto, parecemos ignorar que a idéia de um evento cataclísmico, onde se daria o fim da espécie humana, é uma possibilidade bem real do ponto de vista científico.

Numa perspectiva mítica, podemos destacar a descomunal e fantástica narrativa bíblica do livro de João, o Apocalipse; ou, se preferir, a sofisticada matemática do calendário Maya; ou ainda, as quadras proféticas de Nostradamus.

Percebendo o enorme apelo popular que gira em torno do assunto, os estúdios cinematográficos de “Hollywood” não perderam a oportunidade de faturar milhões. Aproveitaram a proximidade do dia 12 de dezembro de 2012, data em que, segundo o calendário Maya, será o fim, e lançaram o filme de título 2012, um verdadeiro fracasso de crítica, mas com sucesso garantido de público.

Além da exploração financeira, não podemos esquecer que, com relevância bem mais visceral que um filme, muitas religiões são seguidas por milhões, tendo como seu ponto central de catarse o final dos tempos.

No entanto, ameaças reais, do ponto de vista científico, parecem não provocar qualquer inquietude no âmago da população.

A humanidade tende a pensar em nosso planeta como uma ilha paradisíaca no Universo, livre de qualquer perigo. Não nos damos conta de que somos constantemente bombardeados, todos os dias, por inúmeras pedras que vêm do Espaço. Não percebemos isso porque elas são pulverizadas pela atmosfera. Mas se uma dessas pedras for grande o suficiente para chegar ao solo, dependendo da sua massa, podemos ser os próximos da fila depois dos dinossauros. O cinturão de asteróides está logo ali, entre Marte e Júpiter, disparando suas balas perdidas.

Além da ameaça iminente dos meteoros, temos ainda, entre outros possíveis “apocalipses” plausíveis pela ciência, o perigo dos buracos negros. Eles são objetos astronômicos que possuem um poder gravitacional tão absurdo, que são capazes de engolir até estrelas. Lá, todas as regras da física são quebradas. Nada... nem a luz escapa da fome insaciável destes gigantes. E o perigo para nós? Cientistas americanos descobriram que muitos buracos negros, não estão estáticos, esperando suas vítimas, mas sim vagando pelo Universo. Logicamente nosso planeta não teria a menor chance, caso um deles resolvesse passar por aqui.

Temos ainda o perigo das rajadas de raios gama que são disparadas por milhares de anos luz, quando estrelas colidem ao serem devoradas por estes monstros colossais. Se estivermos no caminho de uma dessas rajadas, seremos instantaneamente pulverizados.

Apesar de as possibilidades plausíveis pela ciência serem tão ou mais fantásticas, as versões míticas sempre foram mais atraentes ao imaginário humano. É o que nos diferencia dos animais: A capacidade de imaginar.

Seja pelos mitos, seja pela ciência, sempre fomos fascinados por essa história. A preocupação com o fim dos tempos é, de certa forma, uma das mais intrínsecas questões humanas: “Para onde vamos”?

Marcos Profanus
Enviado por Marcos Profanus em 22/01/2012
Reeditado em 22/01/2012
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