Educação e preconceito

Uma das grandes preocupações dos pais e professores na educação dos filhos deveria ser estimulá-los a não discriminar os diferentes. Infelizmente, está-se limitando a educação ao âmbito de buscar a qualificação para, um dia, ser capaz de ter uma boa profissão. E vivemos em uma sociedade que estabelece parâmetros de valor, dizendo que alguém só será bom se for deste ou daquele jeito. Como as crianças absorvem os valores que vivenciam, elas tenderão, na escola, a discriminar os colegas que não se encaixarem nesses parâmetros.

É preciso que os professores e diretores se conscientizem que as escolas sejam lugares onde as crianças aprendam noções de cidadania, que todos são diferentes mas que isso não quer dizer que uns sejam melhores do que os outros ou que a discriminação seja uma prática aceitável. Um motivo que deve se levar em conta é que as crianças podem ser muito crueis e, consequentemente, poderão praticar atos maldosos que causem sérios danos.

Outro fator que os conselhos escolares não devem esquecer: os primeiros anos de vida são os mais vulneráveis na vida de uma pessoa e ser discriminado nessa época pode causar cicatrizes emocionais incalculáveis. As crianças têm que aprender que não é correto tratar os sentimentos de outra pessoa como se fossem uma coisa sem importância. Tal fato é sério e requer sérias reflexões, para que, além de formarmos bons alunos, façamos com que se tornem pessoas respeitadoras dos direitos alheios.