Imagem do Google / pt.wikipedia.org



GARRINCHA TEM NOME BARRADO

 
 
      Ontem, domingo 26, pus no papel um t e x t í c u l o, que chamei de crônica, e o postei no Recanto das Letras. O teor do texto versa sobre a dinheirama rasgada que foi gasta, no Brasil, nas obras dos suntuosos estádios que serão utilizados, primeiro, já agora, na Copa das Confederações e, depois, em 2014, lá na Copa do Mundo.
 
      Na crônica, veladamente, até macio que nem veludo, eu critiquei o fato de mudarem a designação do Estádio Nacional Mané Garrincha para Arena Nacional de Brasília. Mas já perpetraram o ato cretino: o “Anjo das pernas tortas”, no dizer do poeta Vinícius de Moraes, teve o nome barrado, camuflado, e logo no campo de futebol que sempre levou o nome do genial atleta. Boicote explícito, uma imposição alienígena, na grande. Ingratidão e uma safadagem sem adjetivos.
 
      Hoje, para a minha satisfação, ouvindo como faço diariamente a Rádio Verdes Mares AM, de Fortaleza, justo no horário do excelente jornalista, apresentador e comentarista Tom Barros, no Programa Paulo Oliveira, eis que o ilustre homem de rádio, jornal e tevê, num momento oportuno e feliz, lavrou seu veemente protesto contra a FIFA e o seu arrogante presidente, um talzinho JOSEPH SEPP BLATTER, nem sei lá de que nacionalidade.
 
      Pois esse cara-pálida bateu o pé e simplesmente vetou o nome do Estádio (arena é bobagem) Mané Garrincha, no Distrito Federal. Agora, nas duas copas que estão anunciadas, o estádio deverá chamar-se Arena das quantas. Quer dizer, uma imposição, lá dos infernos da pedra, à nossa soberania. E não aparece um só mané do Congresso Nacional para rebelar-se contra os quereres desse gringo da FIFA.
 
      Mas o Ruy Castro, jornalista e escritor consagrado, autor entre outras biografias famosas de “Estrela Solitária”, justamente sobre o genial Manual dos Santos, o Garrincha, mandou o protesto lá dele, a cujas palavras de ouro quero apor a minha assinatura.
 
      Parabéns, Ruy Castro, pela sua presteza cívica, que você não espera por bananas de carbureto do Congresso Nacional, todos eles curvos e silentes diante da arrogância desse tal Joseph Blatter, Federação Internacional de Futebol (FIFA) & seus cartolas associados.
 
      Sem mais delongas, vejam aí o que está na mídia sobre o que diz a coragem cívica do escritor de “Estrela Solitária”:
 
 


« Redação SporTV


05/04/2013 12h19 - Atualizado em 05/04/2013 15h24

Biógrafo Ruy Castro protesta contra veto da Fifa (sic) ao nome Mané Garrincha


Durante a Copa da Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014, arena de Brasília será chamada pela entidade de Estado Nacional


Por SporTV.com Rio de Janeiro


Depois de ter sido vetado o uso do nome Estádio Nacional Mané Garrincha para a arena de Brasília, durante a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014, o biógrafo do craque do Botafogo e da Seleção, Ruy Castro, protestou contra a medida. Para o escritor e jornalista, o nome do estádio deve ser escolhido apenas pelo país-sede, e não pela Fifa.

- É de uma impertinência atroz, um organismo particular, internacional, ligado ao futebol, dar palpite em uma coisa que só tem a ver com o país-sede. Quando o estádio recebeu o nome de Mané Garrincha, fez-se justiça a um dos maiores jogadores do futebol mundial em todos os tempos, talvez um dos três maiores do Brasil - afirmou o jornalista, no "Redação SporTV".

saiba mais
Ruy Castro ainda acusou a Fifa de estar mais interessada em acordos comerciais do que com a administração do futebol. »

      MORAL DA HISTÓRIA: Quem tem as ventas no lugar, pensa como o Ruy Castro e o nosso cearense Tom Barros, que não têm papas na língua.

Fort., 27/05/2013.


Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 27/05/2013
Reeditado em 27/05/2013
Código do texto: T4311353
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.