Quando começou o movimento era  pela redução das tarifas de ônibus em São Paulo.
      E como sempre a imprensa (Globo, Veja, etc) estava contra as manifestações, mas, de repente, perceberam que essas poderiam servir como arma contra o governo que esses meios de comunicação odeiam e combatem. Então passaram a apoiá-los e a divulgar mais os protestos. E é claro se devo tomar posição...      
     Sempre tomarei do lado dos pequenos e dos que protestam contra o poder. Entretanto,  leio bastante, sei que essas manifestações de massa, do jeito que ocorreram no norte da África só serviram para levar ao poder governos mais retrógrados e fundamentalistas do que as ditaduras de antes.  O que a “primavera árabe” resultou? Na eleição de governos de extrema direita. Espero que no Brasil seja diferente. 

     Penso que o governo federal e os estaduais merecem esse protesto e  devem aprender a respeitar e dialogar com os movimentos sociais organizados, mas o problema desses movimentos é que eles são espontâneos e ninguém coordena, ninguém se responsabiliza e não há com quem conversar. É importante que essas manifestações não sejam utilizadas pela direita para voltar aos velhos tempos. Sou crítico ao atual governo, mas à esquerda e não para fortalecer o classismo e a arrogância dos que sempre mandaram no Brasil e agora não querem ceder. 
     Tomara que essas manifestações passem a ser não mais de massa e sim de um povo organizado em movimentos sociais, pacíficos e que tenham claro o que propõem e não apenas o que não querem.