Artes na Revolução da Percepção de si e da sociedade (breves considerações...)

Dedicado especialmente ‘as mamães e mulheres, esta singela contribuição ao entendimento de si, de seus amores e da da sociedade, com meus votos mais sinceros de que sigam corajosamente na construção de sua autopoésis .

Viver não é necessário: o que é necessário é criar»(F. Pessoa )

"a pintura é poesia muda e a poesia é pintura eloqüente" (Plutarco)

Nas ARTES uma via de "tornar o pensamento visível" e dar vazão das fantasias amorosas e suas restrições a primeira restrição que a civilização impõe e sobre a qual se funda, é uma restrição sobre a sexualidade humana.

Num momento em que urge a necessidade de uma Sociedade “ sustentável ‘pois que é evidente que não podemos mais continuar consumindo a mãe terra até o ponto de extinguir com as fontes energéticas da quais necessitamos .

Já Freud em Totem e Tabu esclarece a necessidade de regulação da libido e seus inestimento como necessária na manutenção da vida em sociedade , o fazer em conjunto. Eros (Amor )e Ananke

( mães da moiras /necessidade da mitologia grega/romana ) se tornaram os pais da civilização humana, o homem tendo que privar-se de seu desejo sexual , a mulher ( no caso ) pela necessidade de sobrevivência e a mulher a uma parte si mesma da qual foi separada ,os filhos e ao seu cuidado . A sublimação é o que permite a vida em sociedade .

As Artes tem uma função inquestionável, paralelamente com a Filosofia e Ciência , mas a primeira da conta daquilo o pensamento , a racionalidade não é capaz de resolver . A Arte , a poesia ( do grego poésis = criar ) incumbir-se a viabilizar descongelar a visão mecanicista a que ainda , alguns encontram-se aprisionados .

René Magritte afirma numa entrevista: "Quando vi pela primeira vez a reprodução do quadro de Chirico: 'O CÂNTICO DE AMOR', foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida:os meus olhos viram opensamento pela primeira vez".

A pintura " fala " as imagens associadas a audição deste espetáculo

uma composição " perfeita " ? http://www.youtube.com/watch?v=yxBT1pfVAKQ )

A revolução ( mudanças de valores ) já não é mais um sonho , está em marcha movida pela " beleza " convulsiva " , uma proposta bretoniana ( surrealista) que provoca não somente “a revolução das mentes mas também "a revolução da realidade social " para Breton pautadas em duas chaves do surrealismo a injunção de Marx de transformar o mundo e a de Rimbaud de transformar a vida. Conforme Breton <o ato de escrever deveria significar alguma coisa, devia ser mais do que só literatura; a criação deveria gerar mais do que a mera arte.” Revolution of the Mind uma biografia de Breton / de Mark Polizzotti New York: Farrar, Straus & Giroux, 1995)

As obras de Arte provocam Catarse além de despertar no não artista um criador de valores, expondo-se a si mesmo , faz brotar as lembranças inconscientes e, o indizível pode aflorar com a potência poética e auto-poética ( criativa) .

Trago as palavras ( poema) da amiga Isabel Rosete inspirada pela

Apreciação de L'Orfeo que pode ser apreciado no http://www.youtube.com/watch?v=yxBT1pfVAKQ

“ORFEU /,/O DEUS DA MAGIA DO CANTO, /DA CATÁRSIS MUSICAL.

SEMPRE PRESENTE, /NO REINO DOS VIVOS E DOS DOS MORTOS,

AMANDO, SOFRENDO,/LAMENTANDO.../UMA DÁDIVA DE MAGIA,

QUE ATÉ OS ROCHEDOS COMOVIA. “

“Se aprender a falar é o primeiro passo, supondo que o estudo das palavras se conclui do das idéias, aprender a ouvir deve ser a segunda preocupação do aprendiz de filosofia, e com toda a certeza uma das questões centrais da educação. Plutarco, no seu curto ensaio datado do ano 100 d.C., quis remediar esse vazio constitutivo da história de uma retórica do ouvir. A cultura do ouvir supõe a aliança da eloqüência e da filosofia. Ao ouvir, aprendemos mais a pensar do que a falar, pois esta audição é feita da própria substância das palavras, tendo a retórica, por assim dizer, apenas uma função reguladora e exterior. O começo de bem viver é bem ouvir>>Como Ouvir “ (Plutarco//Ed. Martins Fontes)

Indico um Passeio MUSEU do Sexo interessante Sala História e Antropologia da Sexualidade in Mitos e Lendas http://www.museudosexo.com.br/2_home.asp

Afinal o Poeta Fernando Pessoa vivenciou como poucos seus “ universos paralelos “assim pronunciou “ A literatura como toda arte é uma confissão de que a vida só não basta “ . O que exige uma abertura e construção contínua da subjetivida através da alteralidade ...Abertura ao devir ( existência = potência ) visto que existir é exercer suas potencialidades , é bem mais que simplesmente “viver” é um processo um convite a fenomenologia, a experimentação e, construção constante de si mesmo e do mundo ....

afetuosamente, virgínia além mar 07 de maio 2007

(Ecce mulieris como vir a ser o que se é http://www.vaniadiniz.pro.br/virginia_fulber/artes_filosofia_psicologia.htm )

meus agradecimentos em

http://alemmarpeixevoador.blogspot.com/

virgínia vicamf
Enviado por virgínia vicamf em 09/05/2007
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